Por: Michele Lobo
_______________
_______________
![]() |
Victor e a mãe Cleide Almeida |
Na época, Cleide não sabia o que fazer, mas sabia que acharia a melhor maneira de ser a mãe do jovem talentoso. Ao se informar com assistentes sociais e psicólogas passou a desenvolver seu método de cuidado com Victor, aos poucos foi aprendendo a educá-lo e a criar maneiras para que ele se desenvolvesse. “Uma das primeiras coisas que lembro que a psicóloga falou foi para não fazer dele um coitadinho, que ele tinha que se desenvolver, que era capaz”, explicou.
Mãe solteira desde os seis meses de gestação, a jovem se esforçou para criar seu filho da melhor maneira possível, tornou-se autônoma para dar a atenção que ele merecia. “Não é um bicho de sete cabeças, mas quem nunca se envolveu com um PCD se assusta com a ideia no início. Hoje todo mundo ama o Victor e a cada dia nos surpreendemos. Ele é cheio de surpresas”, contou.
Cleide acha seu filho descolado. “Victor sempre tem que fazer piadas das coisas, ele é muito palhaço, é de família. Aprendo muito mais com ele do que ele comigo, ele não tem maldade, não guarda rancor é muito alegre, carinhoso e faz a gente pensar sobre vida. Eu aprendi a ser forte, era praticamente uma adolescente quando meu filho nasceu”, comemorou Cleide.
Para Cleide, a participação de Victor nas Olímpiadas é um orgulho. “Ele demonstra bastante interesse com este curso, na verdade, tudo que eu coloco ele quer se envolver. Ele mergulha", orgulhou-se.
Victor sempre pediu um pai à mãe, o Senai contribuiu com isso. Em um curso de Corte e Costura, Cleide conheceu Eduardo Alves, 41 anos. Há quase um ano os dois estão juntos e sonhando os sonhos de Victor. “A Cleide e o Victor me ajudaram a encontrar o chão. Hoje quando perguntam a ele quem eu sou, ele diz que sou seu pai Edu e eu me considero pai dele. Faço de tudo para que ele tenha um crescimento como pessoa”, relatou Eduardo.
Eduardo também se tornou autônomo, ele que leva e busca o filho ao Senai e em outras atividades quando a mãe não pode. “É complicado uma pessoa que possui um trabalho regular cuidar de um PCD, gosto da nossa rotina. Victor sempre causa uma boa impressão nas pessoas. É educado, extrovertido, comunicativo. Ele tem tudo para ser alguém na vida, como ele fala. É um orgulho saber que o nosso filho vai representar o Pará nas Olimpíadas do Conhecimento em Brasília”, orgulhou-se.
"O Victor é um vencedor. Ele tem problema de audição, ele tem problema na vista, mas mesmo assim ele passa o dia lendo, ele se esforça para conhecer coisas novas, adora vim fazer o curso do Senai e está determinado para a Olimpíada do Conhecimento. Espero que ele faça um bom trabalho e quem sabe, no futuro próximo nós possamos abrir a Padaria 'Pão do Victor' para alegrar ele e os clientes que vão comer o pão feito por ele", completou Eduardo.



Nenhum comentário:
Postar um comentário