Competição de robótica reúne 22 equipes de três estados, na etapa regional Pará do Torneio SESI de Robótica First Lego Leagu
Fotos: Divulgação
Uma das maiores
competições de robótica educacional do mundo ocorre no Estado do Pará, de 31 de
janeiro a 1° de fevereiro. Em sua primeira edição no estado, o Torneio SESI
de Robótica First Lego League (FLL), é uma disputa
que reúne crianças e adolescentes de 9 a 16 anos a encararem problemas da sociedade moderna e
encontrarem soluções para estas questões. No Pará o evento será realizado no
SESI Ananindeua, com entrada gratuita.
No Pará a competição reunirá 22 equipes de estudantes do próprio estado,
do Maranhão e do Amapá. A disputa reúne times de dois a dez integrantes para a
construção de robôs baseado na tecnologia LEGO Mindstorms, que devem ser
programados para cumprir uma série de missões. Além do aprendizado na robótica
em si, os alunos também são despertados para valores como respeito, ganho mútuo
e competição amigável.
Segundo Márcia Arguelles, gerente executiva
de educação do SESI, a educação segue os moldes da indústria 4.0, daí uma
educação 4.0. “A
educação tecnológica faz parte de todo o contexto escolar das escolas do SESI.
Os nossos alunos no terceiro ano do ensino fundamental possuem os primeiros
contatos com a programação, com a robótica em si e, a partir daí, acaba sendo
inserido em toda estrutura curricular da escola. Então, eles têm contato
diariamente com essas aulas, trabalhando diariamente com essa proposta dos
torneios de robótica”, disse.
O tema da temporada 2019-2020 é City Shaper - Construindo cidades
inteligentes e sustentáveis e os competidores são avaliados em quatro
categorias. No Projeto de Inovação as equipes precisam apresentar soluções
inovadoras para problemas enfrentados pelas cidades como, por exemplo,
transporte, acessibilidade ou desastres naturais, sempre atrelando à melhoria
dos bairros e das cidades no futuro. No SESI de Ananindeua, local do evento, há
duas equipes: Born to
fight e a Garça de botas. O projeto da primeira, é isolar as lajes das casas de
alvenaria com garrafa pet, daí reduzindo custos e o reaproveitando as garrafas.
A segunda equipe, idealizou uma espécie de cata-vento para casas que têm pouca
circulação de ar, também feito da garrafa pet.
Segundo
Izaías Pinheiro, professor de matemática, um dos técnicos das equipes do
SESI de Ananindeua, a metodologia de ensino da Escola do SESI é muito benéfica para
os alunos. “Os alunos que se envolvem no torneio se tornam mais responsáveis em
sala de aula, se dedicam mais. Temos casos de alguns alunos que ao entrarem
para a robótica o rendimento escolar melhorou muito, superando a média escolar
que é 8, além de melhorar a responsabilidade, porque a gente trabalha a autonomia
do aluno. No torneio eu não posso manipular nada, apenas orientar”, destacou.
No Desafio do Robô os estudantes colocam os robôs de Lego para cumprir
determinadas missões. Para isso, o robô pode capturar, transportar, ativar ou
entregar objetos na mesa de competição, utilizando, por exemplo, guindastes,
elevador de obras, drone de inspeção e construções em aço. Tudo de forma
lúdica, simulando situações reais. As equipes têm direito a três rounds, de 2
minutos e 30 segundos cada, para execução das tarefas.
Os robôs, projetados e construídos pelos próprios alunos, também são avaliados
na categoria Design do Robô. Os times podem utilizar sensores de movimento,
cor, controladores e motores. Os juízes levam tudo isso em consideração, além
da estratégia e programação. Por fim, na categoria Core Values, os estudantes
precisam mostrar que sabem trabalhar em equipe, com inclusão, diversão e
inovação. Os valores devem ser praticados por todos os participantes,
competidor, técnico, juiz ou qualquer outra pessoa envolvida na competição. São
valores humanos que descrevem um modo de atuar em conjunto e que valoriza o
respeito mútuo e o trabalho de alta qualidade.
Segundo
Lívia Nataniele Lima, de 14 anos, estudante do 9° ano, integrante da equipe Born
to fight, o torneio proporciona novas experiências e um olhar atento ao próximo.
“As pessoas no primeiro momento quando ouvem o nome da nossa equipe Born to
fight, que significa nascido para lutar, imaginam que a gente vai para ganhar,
mas não é isso. O nosso objetivo ao escolher o nome da equipe foi de fazer um
projeto para lutar por um mundo melhor, começando pela comunidade que a gente vive”, disse.
Os torneios
regionais seguem em todo Brasil, cujo orientador nacional do Torneio de Robótica
First Lego League é o SESI. As equipes vencedoras dos torneios regionais
participam no mês de março do torneio nacional de Robótica First Lego League (FLL), em
São Paulo (SP). A equipe vencedora da competição nacional segue para o torneio
internacional, que será realizado no final do ano de 2020.
Serviço
A etapa regional Pará do Torneio
SESI de Robótica First Lego League (FLL), ocorre na sexta-feira, 31, das
13h às 20h30 e no sábado, 01° de fevereiro, de 9h às 18h, no SESI Ananindeua,
localizado na Rodovia Mário Covas, Km 02 S/N, bairro do Coqueiro. A entrada
para visitação é gratuita.
Saiba mais:
http://www.portaldaindustria.com.br/sesi/canais/torneio-de-robotica/