terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Em busca de um lar: Histórias de crianças que passaram por Abrigos

Segundo os dados do Conselho Nacional de Adoção (CNA), no Brasil 36,7 mil pretendentes estão na fila de espera pela adotar.

Desenho: Sienny Héria

Nesta matéria, você vai acompanhar um pouquinho das histórias que parecem representar a vivência de crianças e adolescentes brasileiros e brasileiras. Segundo o Conselho Nacional de Justiça- CNJ, 47 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos, hoje, no Brasil. E aproximadamente 2.100 vivem em abrigos, no Norte do país. Mas, apenas 8.420 crianças e adolescentes fazem parte do Cadastro Nacional de Adoção – CNA, isso quer dizer que, apenas 17,8% do total nacional, tem possibilidade de encontrar uma nova família. No texto que segue, é garantindo o anonimato das fontes, apenas os nomes dos profissionais legais, assistentes social e psicóloga são reais, assim como os fortes relatos de vida.

"Essa reportagem foi produzida com o apoio da Énois Laboratório de Jornalismo, por meio do projeto Jornalismo e Território".

Casa-Lar, Casa de Acolhimento, Meu Lar, Meu Cantinho... Estas são algumas das denominações usadas para o tão famoso Abrigo, informa Diemerson Amorim, Conselheiro Tutelar de Santa Izabel do Pará. De acordo com o Conselheiro, a palavra Abrigo já traz um certo temor à criança. “Quando ela é informada que irá para um abrigo, fica com receio, com medo. Essas diferentes nomenclaturas são adotadas também, para que essa criança não seja discriminada na sociedade, pelos coleguinhas e até professores na escola, pois a sociedade ainda tem preconceito quando sabe que uma criança está ou veio de um abrigo”, acrescenta.

Desenho: Sienny Héria

De acordo com a Assistente Social do Conselho Regional de Serviço Social do Pará – CRESS/PA, Maria Zolema Costa Furtado, a primazia pela família deve acompanhar todo o percurso realizado pela criança ou adolescente que é encaminhado para Casa de Acolhimento. Esse é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do adolescente – ECA. Para a Assistente Social, o Estatuto é importante, porém precisa está adequado com a realidade. “O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma lei transversal, isto é, atravessa todas as políticas setoriais públicas. Assim sendo é de suma importância para assegurar direitos da criança e do adolescente em nossa sociedade. Contudo, é muito importante que o ECA seja adaptado à realidade brasileira, para que assim seus artigos deixem o campo teórico e se concretizem na prática. Promovendo assim, de fato, a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes”, explica Zolema.

Existem Lares de Acolhimentos sigilosos e não sigilosos. Diversos são os fatores que levam uma criança ou adolescente a ser levado para uma Casa de Acolhimento. Assim como, também depende da situação vivida por ela, para se saber se ela será acolhida em um espaço sigiloso ou não.
Jocilene Rodrigues, Assistente Social
do Tribunal de Justiça de Capanema
A Assistente Social do Tribunal de Justiça da Comarca de Capanema, Jocilene Pinheiro Rodrigues, 39 anos, explica que é garantido à criança ou adolescente o sigilo sobre as informações pessoais quando estão ameaçados de morte, nesse caso podem ser inseridos no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes ameaçados de Morte (PPCAAM). Já quando a retirada da criança ou adolescente do seio familiar, é feita por decisão judicial, mediante grave ameaça a proteção integral por situações de negligência, maus tratos, abusos sexuais, entre outros usa-se a medida de Acolhimento Institucional. Esse tipo de acolhimento é uma medida excepcional, que preconiza a brevidade do acolhimento, reúne estratégias das equipes técnicas e da rede socioassistencial com intervenções junto aos pais ou responsáveis, a fim de superarem a condição de risco que demandou o acolhimento, objetivando a reinserção da criança ou adolescente na família de origem ou inserção em família substituta, explica a profissional.

Este é o caso de Amanda, que ainda não tem nem três anos e já foi levada para uma Casa-Lar, em Santa Izabel do Pará. Sua mãe Adriana, que ainda nem completou a maioridade, também passou pela Instituição, quando foi expulsa de casa aos doze anos, por causa da gravidez. Sendo a mais velha de doze irmãos e sem condições de sustentar a filha, viu a menina ser levada pelo Conselho Tutelar para a Casa de Acolhimento.

Adriana e a filha não são as únicas da família com esse histórico. De família desestruturada econômica e socialmente, todos os irmãos da jovem já passaram pela Casa-Lar. Tatiana, a matriarca, é dependente química e os pais das crianças são ausentes ou desconhecidos. Valéria, a segunda filha, que ainda não completou 15 anos, está grávida do primeiro filho.

Vitória Raiol, 6 anos, apesar de ser filha biológica de Tatiana teve um outro desfecho em sua história. Foi legalmente adotada por uma família que a cerca de amor e cuidados. Quando ainda tinha apenas 6 meses, foi entregue para a servidora pública Maria Lediane Faro, 39 anos, professora da rede municipal de ensino na cidade de Santa Izabel do Pará e seu, então esposo, Vagner Raiol. A esta altura, o casal ainda não havia movimentado meios legais para a adoção da criança. Conforme a atual família de Vitória, não foi fácil conseguir sua adoção em definitivo, pois quando a criança estava gordinha e saudável, com 1 ano e três meses, Tatiana veio buscá-la novamente. “Já estávamos completamente apaixonados pela menina, sentíamos muita falta dela e meu ex-marido chorava com saudades”, afirma Lediane.

A nova família de Vitória.
Acima com Lúcia (avó), Lediane (mãe) e Vagner (pai).
Abaixo com os irmãos Maycon e Marlon respectivamente

De acordo com o casal, certa vez decidiram pegar Vitória para passar um fim de semana com eles e quando Vagner foi levá-la de volta foi surpreendido por Tatiana que disse a ele que, se não ficassem com a menina, ela iria abandoná-la na beira da estrada. Decidiram então acionar e Conselho Tutelar e deram entrada no pedido de adoção formal. “Nós não queríamos correr o risco de novamente ficar sem ela, já que é costume a mãe dar os filhos de boca e depois que estão com uma certa idade ir buscar de volta”, afirmaram.

Carollina não teve a mesma sorte. Abandonada pelos pais, passou a infância e parte da adolescência em um Abrigo da Região Metropolitana de Belém. Foi adotada por uma família quando já tinha 16 anos, mas a alegria de ter uma família durou pouco. A mulher que a adotou passou a deixá-la presa em casa, não podia sair nem para estudar e a espancava quando alguma tarefa doméstica não estava de seu agrado. A jovem só teve um pouco de tranquilidade quando os vizinhos denunciaram a situação de cárcere privado. “Por uns dois meses tive paz, mas logo tudo voltou a ser como antes. Ela me batia na cara, pra ficar marcado. Ela não queria uma filha, queria uma empregada doméstica que fizesse as coisas sem ter que pagar. Fugi e fui cuidar de minha vida”, relata Carol, ao dizer que não voltou para o abrigo com medo de que mandassem ela de volta para a família que a adotou.

A psicóloga Dalízia Amaral Cruz, Doutora e pós-doutoranda com pesquisa na área de acolhimento institucional, atua em uma instituição de acolhimento em uma cidade próxima de Belém. Conforme ela, as pesquisas mostram que existem implicações significativas para o desenvolvimento socioemocional e cognitivo de crianças/adolescentes que são retiradas do contexto familiar e acolhidas institucionalmente. Tristeza, choro, dificuldade para dormir, ansiedade, agressividade são alguns dos exemplos. Contudo, os impactos podem ser minimizados se a condução de tal afastamento for realizado, considerando a obrigatoriedade da informação, mas é necessário ter sensibilidade e não ser feita de qualquer forma. 

Dalízia Amaral. Psicóloga, Pós-Doutoranda com
pesquisa na 
área de acolhimento institucional
Para a psicóloga, nenhuma criança ou adolescente deve ser afastado do contexto familiar sem que os pais também sejam informados a respeito da decisão, para que possam juntos com a equipe técnica conversar com a criança/adolescente e explicar o motivo de ser encaminhada para outro ambiente. “Então, penso que na verdade a maior implicação negativa para o comportamento da criança ou adolescente é a forma como são retiradas de suas casas, na grande maioria dos casos, pelo conselheiro tutelar, que constantemente utiliza de subterfúgios (pretextos como forma de evitar dificuldades) para levar a criança/adolescentes para o serviço de acolhimento (Casa-lar ou Abrigo institucional) sem maiores questionamentos. Atitudes como essas, sim, têm impactos negativos no comportamento, e que estão longe de serem ações protetivas. Mas, a experiência do acolhimento, ao ser incorporada como tantas outras experiências, e a partir de um atendimento e acompanhamento qualificados, pode ser reparadora para muitas crianças e adolescentes, que poderão sem amargura contar que uma vez “moraram” em uma casa com outras crianças, adolescentes e adultos”, afirma a Doutora Dalízia.

Esse acolhimento reparador aconteceu com os irmãos Pedro e Paulo. “Quando chegaram aqui eles eram muito estressados, nervosos. Ninguém podia dizer ‘não’ que abriam o berreiro e dava vergonha, medo das pessoas pensarem que estavam apanhando. Agora não, já estão mais tranquilos e mais disciplinados”, afirma dona Lindalva, avó dos gêmeos. Seu Ricardo e Lindalva estão com a guarda provisória dos netos.

Após verificarem que as crianças estavam correndo risco, por causa da negligência da mãe, acionaram o Conselho Tutelar que constatou a veracidade da informação. A justiça decidiu então que, até que a situação se resolvesse as crianças deveriam ficar com os avós paternos.
Desenho: Sienny Héria

    Estamos cuidando deles, mudamos nossas rotinas completamente, mas que avós seríamos se não acolhêssemos eles? Queremos muito que a justiça dê a guarda para o pai, pois a mãe abandonou mesmo eles, não vem nem visitar os filhos. A última vez que veio nem ligou pra eles, só veio porque nós ligamos pra ela vir resolver uma situação de documentos. Ela chegou, assinou e foi embora, nem ligou pros filhos”, informou Ricardo.

De acordo com o Conselheiro Diemersom, quando há uma denúncia o Conselho Tutelar precisa agir imediatamente, para que o direito à proteção da criança ou do adolescente seja garantido. O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA – tem a finalidade garantir os direitos das crianças e dos adolescentes, enquanto que o Conselho Tutelar executa o ECA. Para ele, o fato de muitas pessoas ainda terem uma opinião negativa em torno dessa legislação é a falta de conhecimento. “A população não busca conhecer a realidade do que diz o ECA. Eles pensam que está ali apenas para punir os pais, mas não, está lá para garantir os direitos de seus filhos. O Conselheiro é um executor do ECA, para garantir o direito das crianças e dos adolescentes. O trabalho do Conselheiro dura as 24 horas do dia. A partir do momento que você vê uma situação de negligência e não toma as atitudes você também está sendo negligente”, finaliza.

Texto: Elma Asobrab
Ilustração: Sienny Héria.     


quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Cantora Joelma é embaixadora do McDia Feliz em prol de crianças com câncer no Pará

 Campanha deste ano da Casa Ronald McDonald Belém busca parceiros para a compra solidária.



A cantora paraense Joelma aceitou o convite de ser Embaixadora da edição 2020 do McDia Feliz, evento que ocorre no próximo dia 21 de novembro e tem como objetivo arrecadar  renda para a Casa Ronald McDonald Belém, que acolhe crianças e adolescentes com câncer. Os beneficiários são meninas e meninos originários de municípios do interior do Pará e da capital, que fazem tratamento em Belém.

No McDia Feliz  será possível transformar o lanche Big Mac em sorrisos, já que a renda líquida obtida com a venda do sanduíche mais solidário do mundo é direcionada aos projetos que trabalham em benefício de crianças e adolescentes com câncer.
Em Belém, a instituição está presente há 8 anos, destinada a acolher, temporariamente e gratuitamente, crianças e adolescentes, que estão em tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, na capital.

“Me sinto muito feliz de poder ajudar nesta campanha, quem puder ajudar continue. A instituição precisa demais”, afirma Joelma.
Segundo a cantora, que embala os corações dos brasileiros e de outros países mundo a fora com músicas românticas, estilo calipso, o trabalho da  Casa Ronald McDonald Belém é um trabalho muito importante.

“Eles fazem um trabalho incrível com nossas crianças e adolescentes, não só aqui no nosso Estado, mas nos estados vizinhos também”, elogia a celebridade.

SAIBA MAIS: Instagram Casa Ronald McDonald Belém  

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Casa Ronald McDonald Belém realizará Feira Gastronômica do Bem e terá pratos com ingredientes paraenses.

A feira vai destacar a culinária paraense e o apoio à Casa Ronald McDonald Belém, que acolhe crianças e adolescentes com câncer.

Fotos divulgação

A Casa Ronald McDonald Belém realizará dia 31 de outubro no Shopping Bosque Grão Pará, localizado na capital paraense, a 2ª Feira Gastronômica do Bem que contará com a presença de 15 chefs apresentando pratos feitos com ingredientes paraenses. 

O evento faz parte da maior campanha da Instituição, o Mc Dia Feliz. e tem como objetivo arrecadar recursos para a sustentabilidade da Casa Ronald McDonald Belém. Durante a Feira Gastronômica do Bem, alguns Chefs de Cozinha oferecerão um prato de sua autoria para ser comercializado no local a preço único de R$ 20,00 e os demais farão aula-show, também no valor de R$ 20,00.

Há apenas 30 vagas para as aulas-show e as compras os ingressos poderão ser feitas por plataforma digital (https://www.sympla.com.br/2-feira-gastronomica-do-bem__1028337) ou no dia do evento.

“A primeira edição da Feira Gastronômica do Bem foi um sucesso. Por isso, estamos com a expectativa elevada neste ano, já que ação faz parte da programação do McDia Feliz e a renda arrecada será utilizada na sustentabilidade da Casa Ronald McDonald Belém em 2021”, Liane Gaby, coordenadora da feira e vice-presidente da Casa Ronald McDonald Belém.


A Casa


A Casa Ronald McDonald Belém (CRM) acolhe crianças e adolescentes – de 0 a 19 anos – que saíram de suas cidades para realizar tratamento contra o câncer no Hospital Infantil Octávio Lobo, em Belém. Atualmente, a instituição comporta 35 pacientes e seus acompanhantes, totalizando 70 hóspedes, os quais recebem cinco alimentações diárias, transporte de ida e volta para o hospital, atendimento psicossocial e materiais de higiene pessoal.


Programação:

Stands

10h às 16h- Chef Ruan Garcia com o prato “Arroz Cabloco”.

10h às 16h- Chef Kenny Nogueira com o prato “Orgulho Vigiense”.

10h às 16h- Chef Walney Setúbal Jr. Com o prato “Pirarucu Parauara”.

10h às 16h-Chef Mariza Almeida com o prato “Charuto de couve e Kibe de forno recheado com queijo búfalo do marajo”.

10h às 16h-Chef Clélio Miranda com o prato “Risoto de Rabada com Jambú”.

16h às 22h- Chef Raul Moreira com o prato “Arroz Paraense”.

16h às 22h- Chef Ana Karina Oliveira com o prato “Churros e Casadinhos de chocolate com morangos”.

16h às 22h- Chef Herlander Andrade com o prato “Pirarucu Amazônico”.

16h às 22h- Chef Isabela Lima com o prato “Panceta Suína com farofa de banana da terra”.

16h Às 22h- Chef Rose Moraes com o prato “Penne,Ragú de Pato e queijo do Marajó”.



Aulas-Show

14h- Chef Isabelal Lima com o prato “Pirarucu de Casaca”

15h- Chef Raul Moreira com o prato “Torta Salgada de Vatapá”

16h- Chef’s Leonardo Modesto e Flávio Souza com os pratos “Baião cremoso com mariscos e farofa de tapioca com açafrão da terra” e “Panna cotta de café”

17h- Chef Ângela Sicilia com o prato “Risoto Amazônico”

18h- Chef Verena Aquino com o prato “Linguini com camarão grelhado e molho de melancia”

19h- Chef Herlander Andrade com o prato “Paella Amazônica”

20h- Chef Walaci Wagner Sodré de Morais com o prato “Ostras gratinadas ao molho de tucupi e chicória”


Programação musical

12h - Felipe kurica

15h - Balada kids

17h - Ewerton Diniz

19h - Júnior Almeida

20h - Mayara Cavalcante


Serviço: 1ª Feira Gastronômica do Bem

Dia: sábado, 31 de outubro de 2020

Hora: 10h – 22h

Local: Shopping Bosque Grão Pará

Pratos e aulas-show: R$20.

Informações: (91) 3081-5130


Colaboração: Elma Asobrab
Fonte: Ascom Casa Ronald McDonald Belém

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

"Atentado político" tenta calar a voz da Arucará FM em Portel, Marajó.

  A Rádio Comunitária funciona há 20 anos, tem outorga do Ministério das Comunicações e era a única a transmitir o horário político eleitoral

Fotos: Semone Silva

"Um atentado político". Este foi o parecer preliminar da Polícia Civil (PC) de Portel sobre o ato de vandalismo que a A Rádio Comunitária Arucará sofreu na madrugada da última terça-feira (20.10). Localizada na cidade de Portel, no Arquipélago do Marajó, a 264 km da capital paraense, a Emissora de Rádio foi alvo de invasão e teve seus equipamentos todos destruídos.

As câmeras de segurança, que foram destruídas logo após a invasão, flagraram apenas uma pessoa. O meliante vestia camisa vermelha, calça preta e um boné também na cor preta. Estava encapuzado e descalço.

Conforme Semone Moura da Silva, presidente da Associação Comunitária de Comunicação de Portel, os prejuízos estão estimados em R$30 mil com a perda dos computadores, mesa de áudio, microfones, transmissor, cabos e fios. Porém, o maior dano foi causado à população portelense que ficou privada do direito a informação, afirma Semone.

Fotos: Semone Silva

O invasor pichou as paredes do estúdio com as sigla TD2 e CV, além do nome "Comando Vermelho", porém para a PC esta ação foi para despistar os verdadeiros autores e mandantes do delito, uma vez que a facção criminosa Comando Vermelho não tem histórico de atentado contra emissoras de rádio. Os policiais acreditam que a motivação da ação é política, pelo fato da Rádio Arucará ser a única que transmite o horário eleitoral e que agora está impossibilitada.

Ao tomar conhecimento do ocorrido, o senador Paulo Rocha (PT/PA) pediu providências às autoridades contra o que ele considera “um ataque à democracia” e uma “tentativa de calar à população” já que a programação da Rádio Arucará prioriza a discussão e o debate dos problemas da população ribeirinha.

A direção da emissora registrou Boletim de Ocorrência e encaminhou cópia do B.O ao Excelentíssimo Sr. Lucas Quintanilha Furlan, juiz eleitoral responsável pelo Cartório Eleitoral da 044ª Zona Eleitoral - Portel, comunicando a impossibilidade de transmissão do programa autorizado pelo Tribunal Regional Eleitoral.


Texto: Elma Asobrab

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Arco-íris duplo. Os clics e o olhar de fé e esperança de jornalistas no dia do Círio de Belém.

Segundo especialistas, o Arco-íris duplo é um fenômeno raro e é causado pela ‘dupla reflexão’ dos raios de sol dentro da gota de chuva.

Foto: Rosana Pinto

Foto: Paulinho dos Santos















Se um arco-íris duplo é um fenômeno raro, imagine se ele aparece no dia do Círio de Belém, o primeiro sem procissão, em um ano atípico que o mundo passa por uma pandemia e que o Brasil vive um dos seus piores momentos políticos, cheio de polarização e "potoca news". 

Pois é, este ano de 2020 nos trouxe muitas tristezas. Um desgoverno recheado de retrocessos. Uma pandemia (Covid-19) que ceifou milhares de vidas e como consequência um Círio de Belém sem as tradicionais procissões, sem o mar de gente enfeitando as ruas da capital paraense. A 228ª Edição do Círio de Nazaré, com tema “Ave Maria, cheia de graça”, aconteceu no dia 11.10 de forma virtual através dos Meios de Comunicação da Arquidiocese de Belém. 

O triplo evento possibilitou não apenas lindos clics, registrados através do olhar de alguns jornalistas que estavam em Belém, como a reflexão quanto a esperança e fé em dias melhores.

Foto: Carol Pombo

A jornalista Esperança Bessa diz que o arco-íris é a síntese deste Círio. Ele trouxe além da beleza, um significado puro, quase ingênuo, de que há um pote de ouro no fim de tudo. Uma mensagem e tanto nesses tempos que vivemos de tanto medo, doença, morte, desemprego, fome, desesperança. Um Círio em que a gente não viu a Santa, mas que ela mostrou que está lá em cima olhando por nós, complementa. Em resposta à Esperança, a também jornalista Tâmara Monteiro diz que, o arco-íris duplo significa esperança. Sem trocadilhos, afirma. 😉

Fotos: Fernanda Scaramuzzini


Já Dani Franco faz uma análise mais cheia de religiosidade. "Na verdade, o real significado do arco-íris é a aliança de Deus com os homens. O primeiro arco-íris surgiu após o dilúvio universal como uma provas de Deus de que não enviaria um novo dilúvio na Terra. Eu sinto isso nesse arco-íris duplo da Basílica, da cidade. A aliança superior de que, mesmo sem a imagem, a presença divina continua em Belém", explana a jornalista.


Foto: Tâmara Monteiro


Foto: Vlad Cunha

O arco-íris duplo pôde ser visto de vários ângulos da cidade de Belém.  

Texto: Elma Asobrab




quinta-feira, 1 de outubro de 2020

II Edição do Escalando o Futuro acontecerá nesta quinta-feira (01.10) as 18h.

O evento será 100% online e abrangerá universitários de todo os estados brasileiros.


O projeto é uma parceria entre o McDonalds e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e tem como objetivo descobrir, dar oportunidade e impulsionar futuros jovens talentos da comunicação no país.

O programa é inspirado na iniciativa McHistórias, um livro digital que reúne diversas histórias do Mundo McDonalds. A primeira edição, que aconteceu em 2019, reuniu estudantes universitários apenas de dois estados, São Paulo e Rio de Janeiro. Na edição de 2020, universitários de todo o país poderão se inscrever.

Durante a live, será possível tirar dúvidas sobre como participar do programa, que oferece capacitação na área de Comunicação e prêmio final de R$ 4 mil. 50 participantes serão selecionados e terão a oportunidade de aprender com grandes nomes da comunicação. 

O Escalando o Futuro é um programa destinado aos funcionários do McDonalds, que tenha entre 18 e 26 anos de idade completos até o dia 08 de outubro de 2020, data em que encerram as inscrições ou alunos de graduação da mesma faixa etária que estejam regularmente matriculados em Instituições credenciadas pelo MEC. Os participantes devem residir em território nacional.

No final do processo, os três melhores trabalhos receberão um prêmio de R$ 4 mil e terão a chances de ser produzido com apoio do McDonald’s.

Serviço: 

Para assistir a live tem que fazer a inscrição com antecedência pelo site:





Texto: Elma Asobrab

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

McDonald’s anuncia a remoção de corantes e aromatizantes artificiais de ingredientes

Rede investe em pesquisa para reformular diversos itens do cardápio, priorizando aditivos de origem natural


A Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald's no mundo e que opera a marca em 20 países da América Latina e Caribe, anuncia a eliminação de corantes e aromatizantes artificiais de seus principais ingredientes. A empresa substituiu parte desses aditivos por opções de origem natural em sua cadeia produtiva, iniciativa que reafirma seu compromisso de sempre buscar novas soluções para inovar e satisfazer as demandas de seus clientes.

"Na Arcos Dorados, como líderes do setor, sempre buscamos evoluir nosso cardápio, mantendo o delicioso sabor de nossos produtos e garantindo a segurança do alimento. Após extensa pesquisa e avanços consideráveis, temos orgulho de anunciar a remoção de alguns ingredientes artificiais que antes eram necessários na produção em larga escala. Essas substituições são resultado de muitos testes e grandes mudanças nos processos produtivos", destaca Paulo Camargo, presidente do McDonald’s Brasil.

Ao longo dos últimos anos, a empresa trabalhou em conjunto com mais de 90 de seus fornecedores em toda América Latina e Caribe, sendo 15 no Brasil, para retirar aromatizantes artificiais de ingredientes como Mix de Baunilha, Molho Big Mac, Molho Ranch e Mostarda, além da remoção de corantes e aromatizantes artificiais do Queijo Cheddar (em fatia) e do Molho Barbecue. As mudanças afetam diretamente produtos como Big Mac, Cheeseburger e Quarterão, cujos pães já não possuíam nenhum destes aditivos artificiais, assim como o Molho Agridoce, Molho Caipira, Ketchup, Picles e Chicken McNuggets.

De acordo com pesquisa realizada pela Globescan*, no Brasil, uma das principais demandas dos consumidores em relação ao McDonald’s seria a redução de ingredientes artificiais em seus produtos. 

“Como a maior rede de fast-food do Brasil, temos o papel de influenciar positivamente toda a cadeia e essa iniciativa, em parceria com nossos fornecedores, vai ao encontro do compromisso de continuar oferecendo produtos de alta qualidade e que estejam alinhados aos desejos das pessoas”, destaca Ives Uliana, Diretor de Supply Chain da Divisão Brasil da Arcos Dorados.

Evolução alimentar

Ao longo dos anos, a Arcos Dorados manteve seu compromisso com a qualidade e origem de seus alimentos. Por isso, trabalha com os melhores fornecedores de cada área, desenvolvendo processos produtivos que garantam a segurança do alimento e os mais altos padrões do setor e investindo de forma consistente em pesquisa e inovação.

Além de sempre oferecer carne 100% bovina, sem aditivos ou conservantes, a empresa foi pioneira no segmento ao eliminar gorduras trans adicionadas em seus principais produtos em 2007. Nos últimos anos, promoveu mudanças importantes no cardápio infantil como a incorporação de frutas e hortaliças e ajustes nutricionais. Em agosto do ano passado, anunciou reduções significativas de sódio, gordura e calorias; bem como a redução do açúcar adicionado nos produtos do McLanche Feliz, fazendo com que os combos atualmente sugeridos nesta plataforma não possuam corantes e aromatizantes artificiais.

Com esse movimento de remoção, a marca dá mais um importante passo para reforçar seu propósito de gerar momentos únicos e sempre ouvir as necessidades e expectativas de seus clientes.

*Pesquisa realizada em novembro de 2019 sobre uma amostra de 1.000 respondentes, no Brasil.

ONU: povos indígenas são essenciais para preservação global

A preservação da cultura dos povos originários passa pela conservação da biodiversidade ambiental e alimentar.


O clima está mais quente em todo o País, seja no inverno sulista ou no verão amazônico, as temperaturas se aproximam, cada vez mais, dos índices registrados em regiões desérticas. O aquecimento global é uma realidade que todos sentem, e o conhecimento e as práticas indígenas, realizadas há séculos, são uma das saídas, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO ONU).

Registra o documento que quase 30% da superfície terrestre, incluindo áreas florestais intactas e biodiversas, é gerenciada por povos nativos, famílias, pequenos proprietários e outras comunidades locais. Essas terras indígenas, cada vez mais, têm um papel estratégico na proteção da diversidade e dos recursos naturais. Bom exemplo disso é a forma como essas populações nativas conseguem harmonizar o cultivo de alimentos à biodiversidade sem comprometer ou prejudicar seus ciclos naturalmente renováveis.

Apenas no estado do Pará, 39 etnias vivem nesses termos e se põem como parceiras essenciais na preservação do bioma amazônico, a exemplo dos Parakanãs, Xikrins, Jurunas e Caiapós. A esses povos não faltam vivência e unidade, demonstrações do quanto são anacrônicos e predatórios os atos de destruição desse ecossistema em prol de argumentos meramente econômico e extrativista.

Eduardo Barnes, coordenador de gestão territorial da The Nature Conservancy (TNC), destaca a importância e a diversidade dos ensinamentos indígenas. “São cerca de cinco mil pessoas vivendo em aldeias no sul do Pará. A força dessa diversidade cultural não está apenas nos diferentes nomes dos rios, peixes e pássaros, esses povos indígenas sabem viver e produzir na floresta. Eles fazem do seu habitat um lugar fértil para o desenvolvimento de uma economia diferenciada, forte e sustentável, trazendo benefícios para a melhora da qualidade da água, da fauna e da flora da região”.

Exemplos disso, os povos Xikrin e Parakanã, do médio Xingu, são muito bem-sucedidos na coleta sustentável de castanha do Pará, cumaru e copaíba, além de produzir óleo de babaçu e artesanato com matéria-prima da floresta.

Integrante da Associação Floresta Protegida, com sede em Tucumã/PA, Bepnhoti Atydjare, indígena Mẽbêngôkre, explica como é importante o diálogo e aprendizado com diferentes populações para a geração de renda. “Mantemos as nossas relações com as tecnologias e linguagens de outros povos. A nossa tradição contempla essa incorporação de novas estruturas e também podemos criar acampamentos temporários em lugares onde encontramos oportunidades. Estamos sempre em movimento”, diz.

A versatilidade dos povos ancestrais também é um manancial de soluções sustentáveis para enfrentar eventos climáticos extremos. Procedimentos históricos e comprovados, como criar terraços para evitar a erosão do solo ou jardins flutuantes para fazer uso de campos inundados, reforçam a sofisticação das suas técnicas.

Biodiversidade e mapeamento

Recente estudo da FAO aponta que apesar de abranger apenas 28% da área terrestre do planeta, as comunidades indígenas tradicionais preservam 80% de toda a biodiversidade do mundo. Dois anos de mapeamento do Global Safety Net, projeto internacional que indica áreas com demandas urgentes de preservação no mundo, indicam que 50,4% do planeta possa ser preservado por ações de populações indígenas.

Sem a conservação dos diferentes biomas, os riscos não são apenas climáticos, mas alimentares: a biodiversidade é fundamental para a segurança e variedade. Como muitos povos indígenas vivem em ambientes restritos e com escassos recursos, desenvolveram, ao longo do tempo, culturas que se adaptam e priorizam o cultivo de espécies nativas mais resistentes à seca, altitude, inundações e a outras situações desfavoráveis.
______________________________________________________________________

Sobre a campanha Floresta sem fogo
A campanha Floresta Sem Fogo mostra alternativas bem-sucedidas para o manejo de áreas produtivas sem uso do fogo. Existem opções mais vantajosas para o produtor rural, com referências de experiências já testadas e comprovadas na região, com base científica e respeitando e compreendendo as diversas abordagens para produção econômica e conservação da natureza na Amazônia.

Atua diretamente em 5 municípios polo da região sul do estado do Pará, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais sobre algumas das regiões mais afetadas pelos incêndios florestais que degradaram vegetação nativa no ano de 2019. O polígono é formado pelos municípios de Altamira, São Félix do Xingu, Senador José Porfírio, Anapú e Tucumã. Juntos, os 5 municípios somam mais de 27 mil hectares.

Fonte: Gaby Comunicação 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Setembro Dourado: mês de combate ao câncer infantojuvenil



A Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – CONIACC realiza a campanha Setembro Dourado durante todo este mês, período conhecido e dedicado às ações de alerta sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil.
 
No intuito de alertar a população e combater o câncer infantojuvenil no Brasil, a CONIACC congrega 47 filiadas espalhadas por todo o país. Além de alertar para os sintomas da doença, as ações do Setembro Dourado tencionam diminuir a taxa de mortalidade, ressaltando a relevância do diagnóstico precoce e o tratamento prévio como fatores essenciais para a cura.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Com o diagnóstico precoce, em torno de 80% desses pacientes poderão ser tratados adequadamente com a doença ainda no início. Apesar dos dados, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica – SOBOPE, a taxa de cura ainda é insuficiente mediante a descoberta tardia.

Alerta aos sinais e sintomas-  Palidez progressiva; sangramentos ou manchas roxas sem relação com traumas; febre prolongada sem causa definida; vômitos e dores de cabeça persistentes, principalmente pela manhã; alteração da marcha ou da visão ou diminuição da força em pernas ou braços; caroços em qualquer lugar do corpo; ínguas; dores no corpo que não passam e atrapalham as atividades das crianças e brilho branco nos olhos quando a criança sai em fotografia com flash.

“Nosso maior objetivo é envolver todas as instituições filiadas da CONIACC, que buscam amplificar a cultura da prevenção do câncer infantojuvenil. Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maior é a chance de cura. Nossa principal bandeira é divulgar os sinais de sintomas e transformar isso numa cultura, na qual a sociedade saiba que pode curar seus filhos da forma mais rápida possível através do diagnóstico precoce e, principalmente, que o câncer infantojuvenil é um problema de todos”, declara Rilder Campos, presidente da CONIACC.

Casa Ronald McDonald Belém
 
No Pará, a filiada que está divulgando a campanha é a Casa Ronald McDonald Belém, instituição sem fins lucrativos, que acolhe crianças e adolescentes com câncer oriundos dos interiores do Pará e de estados vizinhos para tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, na capital paraense. Antes, muitos destes pacientes não aderiam ao tratamento oferecido apenas na capital paraense pelos custos de estadias. E por isso, a Casa Ronald McDonald Belém oferece gratuitamente hospedagem, alimentação, transporte e suporte psicossocial.

"O setembro Dourado é um mês muito importante para nossa instituição, Casa Ronald McDonald Belém, que acolhe crianças e adolescentes com câncer. Lidamos com essas crianças e acompanhamos o tratamento de cada uma. Sabemos da importância do diagnóstico precoce e de como é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais e sintomas de suas crianças. E é no mês de setembro que várias instituições de todo país se unem para fazer esse alerta”, relatou Raimundo de Vasconcelos, presidente da instituição.

Sobre a Casa- A casa possui 35 suítes, hospedando 35 famílias, no total de 3.973 acolhimentos desde sua inauguração, em 2012. São nove salas de convivência, brinquedoteca, auditório, refeitório, sala para oficinas de diversas atividades, além de áreas de cunho administrativo.

Setembro Dourado na Pandemia- Antes da pandemia, a maioria dos eventos de divulgação da Casa Ronald Mc Donald Belém eram presenciais, como a exposição de fotografia do ano passado, em uns dos shoppings de Belém. Hoje, a campanha está sendo online, através das redes sociais da Casa Ronald McDonald Belém.

Serviços

Casa Ronald McDonald Belém
Redes Sociais: @casaronaldmcdonaldbelem
Contato para doações: (91) 3281-5130


ROCK PARAENSE: Nicobates e Os Amadores lançam “Alter Ego”, seu terceiro EP

 As faixas trazem participação de Glafira, Charles Andi e outros roqueiros da cena de Belém em trabalho autoral que celebra a diversidade e a crítica à sociedade digital


A banda Nicobates e Os Amadores acabou de lançar o terceiro EP. A última parte da trilogia de apresentação da nova persona artística de Nicolau Amador (ex-guitarrista e compositor da banda Norman Bates) traz folk rock e punk e apresenta parcerias com nomes de destaque da cena alternativa de Belém.

Em “A Diferença”, segunda faixa do EP intitulado “Alter Ego”, Nicobates divide os vocais com a cantora Gláfira, que recentemente lançou o disco Mar de Odoya. As guitarras da mesma música foram feitas por Nata Ken Master, prodígio instrumentista que passou pelas bandas Eletrola e Jhonny Rockstar.

Há anos afastado dos palcos e dos estúdios, o registro gravado por Natanael, nome de batismo do virtuoso guitarrista, há mais de um ano, tornou-se um item raro no disco que está disponível em todas as plataformas digitais de música. Raro também é o registro da guitarra de Charles Andi, castanhalense radicado em Belém que já tocou em várias bandas, inclusive a Nicobates e Os Amadores, e também tem trabalho autoral. Ele tocou no punk rock que fecha o trio de composições deste EP.

“Na verdade, esse EP completaria, com os dois anteriores, o meu álbum de estreia nesse novo projeto. E eu contei com a participação de muitos músicos da cena de Belém. Além de ter sido coproduzido por Joel Melo, da Suzana Flag, e por Thiago Albuquerque, esse EP tem ainda participações de Moriel Prado e Calibre no contrabaixo e Ricardo Ramones, na bateria. Só tem fera”, afirma o compositor, feliz com todas as participações.


E para encerrar o desfile de talentos em um só EP, a capa, como as anteriores, foi feita pelo ilustrador paraense Paulo Victor Magno, que ganhou notoriedade não só pelo seu talento mas também pela polêmica repercussão do cartaz do festival punk Facada Fest, que trazia a imagem de um palhaço Bozo empalado por um lápis. Na capa do EP “Alter Ego”, PV Magno retrata alguns dos músicos participantes e ainda personagens que povoam a cabeça fértil de Nicobates.

Dos três lançamentos até agora, este é o mais roqueiro da Nicobates e Os Amadores. Nem tanto pelo ritmo, mas pela temática psicológica e crítica das canções. “Alter Ego”, a faixa título, apresenta uma crítica bem disfarçada da egolatria típica do artista que cada vez mais se espraia pela sociedade digital. Já “A Diferença” é uma canção em prol do reconhecimento da diversidade. “Pra Entender” parece um “acerto de contas” tipicamente roqueiro.

Ao vivo, Nicobates e Os Amadores é formada ainda por Claudio Fly (contrabaixo), Silvio Joseph (batera), Rafa Souza (guitarra), Carol Endres e Ana Paula Craveo (backing vocals). O EP “Alter Ego” pode ser acessado em todas Plataformas Digitais.

REDES SOCIAIS:

Spotify: https://spoti.fi/33sy9zq

Insagram: @NicobateseosAmadores

Facebook: /NicobateseosAmadores

terça-feira, 15 de setembro de 2020

“Promessa Delivery”, inovação em tempo de pandemia

Fábrica de produtos em cera possibilitará que promesseiros paguem suas promessas a distância.

imagens do whatsapp da empresa


    A tradicional fábrica de velas São João, localizada no bairro da Cidade Velha, em Belém do
Pará, decidiu inovar e fará entrega de promessa delivery para os promesseiros que estão
em isolamento social ou mesmo fora da capital paraense durante o Círio 2020, em outubro.
A pandemia chegou trazendo bruscas mudanças na vida das pessoas, e não foi diferente
com os promesseiros de Nossa Senhora de Nazaré. A notícia de que o Círio 2020 não teria
as tradicionais romarias, por causa da Covid-19, deixou muitas pessoas sem saber como
cumprir suas promessas este ano.

    Foi a partir desta situação que a empresária Luciana Brahuha, decidiu entrar na era da
“uberização”, não apenas para não perder clientes e as encomendas dos diversos produtos
em cera, que todos os anos recebe por causa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, mas
também para solucionar o problema dos promesseiros e decidiu inovar, entregando o objeto
a delivery. O cliente faz a encomenda e terá a promessa cumprida através da entrega de
seu produto direto na Basílica de Nazaré. Mas não é somente isso, para garantir que a
oferta foi feita, um vídeo será filmado e enviado ao promesseiro. Todos os pedidos terão
direito a uma tag, ou seja, uma etiqueta especial contendo uma mensagem de
agradecimento e o nome do promesseiro. O texto fica a critério do cliente.

“Com a pandemia e observando que muitos promesseiros ficariam impossibilitados de
cumprir sua promessa neste ano, em especial, os que estão fora de Belém, nos
solidarizamos e pensamos em um serviço especial que ajudasse este promesseiro a
cumprir a sua promessa”, afirma Luciana. A empresária diz ainda que pretende continuar o
serviço nos próximos anos.

    A fábrica de velas São João está no mercado há 82 anos e aproximadamente 70 anos se
dedicando aos produtos em cera para promesseiros. Nesse tempo, algumas encomendas
inusitadas foram feitas, como um Pirarucu de 3 metro, um sapato, um bebê conforto, uma
tesoura.

    Para fazer encomendar suas promessas entrar em contato pelo whatsapp (91) 99309-0310
ou pelo fixo (91) 32415135.


Texto: Elma Barbosa.

sábado, 12 de setembro de 2020

Morre Emma Morosini aos 96 anos.

Vovó peregrina faz peregrinação rumo ao céu.



A italiana Emma Morosini, conhecida como vovó peregrina, morreu aos 96 anos na última quinta-feira, 10 de setembro.

"EMMA MOROSINI VOOU PARA O CÉU.
Hoje recebemos a notícia do falecimento da irmã Emma Morosini - a irmã peregrina; Uma mulher única com uma história muito linda". Foi assim que Rodrigo Freitas, Coordenador da Pastoral da Comunicação da Paróquia de Fátima, Diocese de Castanhal, informou os paroquianos sobre a partida da peregrina através das redes sociais.

Em fevereiro de 2019, a romeira solitária visitou a Basílica de Nazaré, localizada na capital paraense, após uma longa caminhada, que levou trinta dias, de São Luís (Ma) à Belém do Pará. Em 1994, aos 70 anos, Emma foi diagnosticada com peritonite, doença que consiste na inflamação provocada por bactéria ou fungo do peritônio, o tecido que reveste a parede interna do abdômen e recobre a maioria dos órgãos dessa região. Devota de Maria, pediu a intercessão de Nossa Senhora por sua cura e após a graça alcançada iniciou sua peregrinação, visitando templos marianos do mundo inteiro.

O título de Vovó Peregrina veio após 24 anos de caminhada, quando aos 94 anos fez um percurso que durou 40 dias de Monterrey, no estado de Nuevo León, até a Cidade do México, para poder rezar na Basílica de Guadalupe diante da tilma de São Juan Diego.

Texto: Elma Asobrab


sábado, 5 de setembro de 2020

Paróquia Nossa Senhora de Fátima abre conta para reconstrução da Igreja Matriz.


Recomeço; fé e esperança de um novo Templo




         A comunidade isabelense acordou no dia 24 de agosto com a triste notícia do desabamento da Igreja Matriz Nossa Senhora de Fátima, localizada no bairro do Triângulo em Santa Izabel do Pará. A Paróquia precisa de ajuda para a reconstrução de seu Templo e por este motivo uma Conta Poupança foi aberta com a finalidade de angariar fundos para que um novo prédio seja levantado.

A Igreja, que a princípio era apenas Comunidade da Paróquia Santa Izabel de Portugal, tem 38 anos e teve a Missa Inaugural em 26 de dezembro de 1982, mas há cinco anos passou a ser considerada Matriz, desde o dia 12 de outubro de 2014, já que a então Comunidade passou a ser considerada Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Com o apoio do Banco do Estado do Pará foi criada uma Conta Poupança, com o objetivo de arrecadar verbas para a construção da nova Matriz Paroquial. A Coordenação Paroquial, em nota, avisa aos seus paroquianos que não autorizou nenhum tipo de ação que esteja relacionado com pedidos de doações diretamente nas residências e que o único ponto de arrecadação é diretamente na Secretaria da Paróquia, que funciona de segunda a sexta-feira, das 08h às 12h.

Os dados da conta para depósitos ou transferências bancárias são:

Banco 037 – Banpará

Agência: 0037

Conta Poupança: 614.810-7

CNPJ: 07.258.455/0034-19. Em nome da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Maiores informação na Secretaria Paroquial ou pelos fones: (91) 98870-3142 | 98226-9170.


Texto: Elma Asobrab.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Feijoada Solidária arrecada fundos para crianças e adolescentes com câncer

A ação é da Casa Ronald McDonald Belém, que acolhe crianças e adolescente com câncer do interior e de estados vizinhos.



 

No próximo sábado, 15 de agosto, a Casa Ronald McDonald Belém vai promover Feijoada Solidária, evento que vai ajudar na causa do câncer infantojuvenil. O tempero é do restaurante Cantinho do Pará, através dos chef's Karla Oliveira e Victhor Gabriel.

Além do prato tipicamente brasileiro, o evento vai comemorar os 13 ano da Associação Colorindo a Vida (ACV), instituição que oferece apoio institucional à Casa Ronald McDonald Belém.

Toda a renda será revertida para os projetos mantidos pela Instituição, que hospeda gratuitamente crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer do interior do Pará e estados vizinhos, que não possuem condições para se manterem, oferecendo hospedagem, alimentação e transporte ao hospital oncológico infantil Octávio Lobo.

Os Ingressos estão à venda no valor de R$60,00 (feijoada com acompanhamentos).  A entrega será feita por delivery, com taxa de R$10, podendo também ser retirada na portaria da Casa Ronald McDonald Belém, por Drive Thru, sem valor adicional. 

 

Sobre a Casa


A Casa Ronald acolhe, temporariamente e de forma gratuita, crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, do interior do Pará e de estados vizinhos pactuados, em tratamento de câncer no Hospital Oncológico Infantil Octavio Lobo, em Belém.


Em 2014, o Programa Casas Ronald McDonald completou 40 anos de atuação em mais de 63 países no mundo. No Brasil, o programa é realizado desde 1994 e no Estado do Pará, começou em 2012 com a inauguração da Casa Ronald McDonald Belém, a primeira da região Norte do Brasil.

Serviço:

Feijoada Solidária

Pedidos: (91)3081-5130 ou (91)98361-1864 

Data: 15 de agosto

Entrega: 9h às 15h



sexta-feira, 26 de junho de 2020

Casa Ronald McDonald Belém completa 8 anos e reforça importância de doações em tempos de pandemia

A instituição, sem fins lucrativos, acolhe crianças e adolescentes com câncer oriundos dos interiores do Pará e de estados vizinhos para tratamento de câncer em Belém.



Uma Casa longe de Casa. Este é o conceito da Casa Ronald McDonald Belém que comemora, nesta sexta-feira, dia 26, oito anos de história na oncologia pediátrica do país. A instituição, sem fins lucrativos, acolhe crianças e adolescentes com câncer oriundos dos interiores do Pará e de estados vizinhos para tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, na capital paraense.

Antes, muitos destes pacientes não aderiam ao tratamento oferecido apenas na capital paraense pelos custos de estadias. E por isso, para que essas famílias continuem lutando contra a doença, a Casa Ronald McDonald Belém oferece gratuitamente hospedagem, alimentação, transporte e suporte psicossocial.

Apesar dos tempos incertos para instituições sem fins lucrativos devido à crise mundial com a COVID-19, a Casa Ronald McDonald Belém comemora a solidariedade, que mesmo em tempos de pandemia continua recebendo apoio dos doadores, e reforça a importância das doações para se manter.

Raquel Fontenelle, gerente da instituição, explica que sem o apoio da Casa as famílias não conseguiriam passar por todo o processo doloroso que é o tratamento do câncer. “Aqui elas se sentem acolhidas, por isso o slogan é uma Casa longe de casa. A falta que elas sentem de casa, a gente tenta compensar tratando com carinho e respeito. Nesses longos oito anos de existência, a Casa serve de apoio e sustentabilidade para essas pessoas”, conta.

Para a gerente, mesmo com a pandemia, a solidariedade ainda continua. “É certo que com as dificuldades, muitos não puderam continuar doando, mas os poucos que ficaram passaram a doar um pouco mais, A gente vê que mediante tudo isso que aconteceu, a causa fala mais alto”, comemorou.

O presidente da instituição, Raimundo de Vasconcelos Oliveira, relata que o sentimento pela casa é de solidariedade eterna, voltada especificamente, para as crianças e adolescentes assistidos. “Um sentimento cristão que reflete a necessidade de sermos humanos com aqueles que mais precisam; sentimento de quem serve, vive mais feliz do que aquele que é servido”, relata.

Sobre a Casa Ronald McDonald Belém- A casa possui 35 suítes, hospedando 35 famílias, no total de 3.973 acolhimentos desde sua inauguração, em 2012. São nove salas de convivência, brinquedoteca, auditório, refeitório, sala para oficinas de diversas atividades, além de áreas de cunho administrativo.


Uma das hóspedes da Casa Ronald Belém é a adolescente Larissa Pinheiro Lobato, 16 anos, natural do município de Macapá do estado de Amapá. Ela está na Casa há 1 ano e 10 meses. Para ela, a instituição representa uma segunda família. “Se não fosse a Casa Ronald Belém, que nos acolheu com todo conforto possível nem sei onde estaria agora”, contou.

Desde os primeiros sintomas foi um longo processo de exames até Larissa ser encaminhada para Belém, onde foi diagnosticada com Leucemia. Foi no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo que ficou sabendo da Casa Ronald Belém e conseguiu uma vaga. “No início foi tudo novo e diferente, mas a gente chega aqui e se apega com as crianças, com as mãezinhas e com os colaboradores. A gente se torna uma família muito unida”, celebrou Larissa Pinheiro.

Doações em tempos de pandemia- Bazares, feiras, festas comemorativas, leilões, jantares e almoços beneficentes eram as principais ações para arrecadar fundos antes da pandemia. A Casa Ronald Belém tem se reinventado dando continuidade ao seu trabalho. Assim, criou fluxos, e tipos de doações; como eventos em que as pessoas doem sem precisar ter, principalmente, o contato com as crianças que fazem tratamento de câncer e já possuem imunidade baixa.

A instituição tem feito rifas online, parcerias com lives, entres outras inovações. Também estão sendo feitas campanhas nas redes sociais, para justamente receber o mínimo de continuidade, que é a alimentação, produtos de higiene, álcool em gel e máscaras, que são produtos contínuos que está em escassez.

Segundo a coordenadora de Captação de Recursos da Casa, Bianca Ferreira, a instituição está se adaptando com a situação atual. "Estamos tendo que nos reinventar, já que nós fazíamos vários eventos presenciais para arrecadar recursos. As lives têm sido uma nova alternativa e estamos felizes por sermos beneficiados por alguns artistas”, frisou.