quarta-feira, 21 de setembro de 2022

AFPTEA faz debate sobre inclusão no Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.

A Campanha Setembro Verde surgiu para reforçar a importância do Dia Nacional de luta da Pessoa com Deficiência

Foto: Divulgação

    No Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, a Associação de Familiares da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (AFPTEA) realiza um debate sobre a inclusão e os direitos dos deficientes na sociedade, em alusão ao Setembro Verde, que é o mês de conscientização sobre a inclusão social.

Foto: Elma Asobrab

    O evento, que tem como tema: “Unidos pela Inclusão – Um convite para a reflexão sobre o papel da sociedade!”, acontece nesta quarta-feira, às 16h30min e tem o objetivo de ressaltar a importância da união e esforço em prol das mudanças sociais necessárias para uma sociedade mais justa e inclusiva, além de, fazer as pessoas refletirem sobre seu papel na sociedade, enquanto cidadãos.

    O bate-papo conta a participação de vários ativistas e profissionais voltados para a causa, entre eles a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Santa Izabel – APAE/SIP, a neuropedagoga, Dra. Silvane Santos, além do biólogo Luan Gusmão, que é representante da comunidade surda e do pedagogo e ativista Thiago Costa, que representa a comunidade dos deficientes físicos. 

Foto: Elma Asobrab

    Uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) esteve presente durante todo o evento, para que os participantes surdo, pudessem ter o devido acesso ao debate. Ato que agradou o biólogo Luan Gusmão, representante da comunidade surda e debatedor da Mesa-Redonda. "Já fui convidado para participar de muitos eventos, mas, eles nunca se preocuparam em dar a devida assistência, disponibilizando um intérprete", afirmou o biólogo.

    Como representante das pessoas com paralisia cerebral, o pedagogo e ativista Thiago Costa, falou da importância das pessoas com deficiências terem seus direitos garantidos. "Uma palavra que eu considero muito importante é GARANTIA, porque os direitos estão aí, eles existem, mas não temos eles garantidos, não nos dão o devido acesso a eles", afirmou emocionado o pedagogo.

   Essa afirmação foi reforçada pelas pessoas presentes, que relataram várias situações em que foi negado aos seus filhos o direito garantido por lei as PcD. Uma das mães, desabafou de maneira muito emocionada, sobre a necessidade da sociedade entenderem, que as coisas acontecem no tempo do autista, e por não terem esse entendimento, não sabem como agir com sua filha.

    Suellen Brito, Presidente da AFPTEA, afirmou que a Associação está pronta para acolher e dar suporte emocional à todas as famílias de autistas e falou sobre a impotância de um diagnóstico precoce. "Perceber que seu filho tem alguma particularidade, que é necessário fazer uma avaliação clínica cedo, é muito importante para que seu filho comece o tratamento cedo. E a aceitação, não negar essa particularidade que sua criança tem, é essencial para o processo de reabilitação", afirmou.

 A Mesa-Redonda tem a seguinte composição:

Mediadora: Any Rodrigues – AFPTEA e mãe de criança com TEA;

Debatedores:
* Suellen Brito - presidente da AFPTEA;
* Ivana Gorete - presidente da Apae - SIP;
* Thiago Costa – pedagogo e ativista;
* Luan Gusmão – biólogo e representante da comunidade surda;
* Maria Jose Assunção - Secretária Municipal de Saúde (Sesma);
* Dra. Silvane Santos – neuropedagoga (Clínica Kató).

  Sobre a AFTEA

    A Associação de familiares da Pessoa com TEA foi criada em 10 de novembro de 2021, através de um grupo de WhatsApp de mães de autistas. O grupo foi criado com objetivo de mostrar a grande demanda existente no Município de Santa Izabel, e assim, reivindicar políticas públicas que garantam aos autistas cidadania e assistência. Atualmente, o grupo é composto por 80 famílias. Algumas com pessoas já diagnosticadas com TEA e outras, ainda em análise. A associação está fazendo levantando dados, através de cadastro, para que se tenha uma estatística do número de pessoas com TEA no município.

    A associação visa alcançar um espaço onde os autistas possam ter assistência multidisciplinar (fonoaudiológica, terapia ocupacional e psicológica), e as famílias orientação e apoio, pois muitas mães não sabem lidar com o transtorno do espectro autista, outras famílias não aceitam o diagnóstico e ainda existem as que não buscam o diagnóstico, por causa da falta de orientação profissional. 

   Atualmente, a associação está em processo de legalização, mas, já tem uma diretoria com a seguinte composição:

Presidente: Suellen Suzanny Hughes Brito; Vice- presidente: Marília Borges; 1° secretária: Kenny Lameira; 2° secretária: Any Rodrigues; 1° tesoureira: Karlla Michelle Oliveira; 2° tesoureira: Marilena Begot; 1° fiscal: Maria de Nazaré Braga; 2° fiscal: Any Lays Rodrigues; 3° fiscal: Sandra Izabel da Costa.

Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência:

    O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído pela Lei nº 11.133/2005, pelo então presidente Luíz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. No entanto, as comemorações ocorrem desde 1982 e foram uma iniciativa do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes – MDPD, grupo que debate propostas de transformações sociais em prol dos portadores de deficiência há mais de 40 anos.

    O 21 de setembro foi escolhido porque está próximo do início da primavera, estação conhecida pelo aparecimento das flores. Esse fenômeno representaria o nascimento e renovação da luta das pessoas com deficiência. 

    Segundo a Lei Nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim sendo, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir a integralização dessas pessoas na sociedade de maneira igualitária e sem preconceitos. 

    Os movimentos sociais de pessoas com deficiência, como tantos outros da sociedade civil brasileira, foram decorrentes do florescimento da participação social, e se baseavam nos laços de identidade e pertencimento, em busca do reconhecimento da sua cidadania.

    A Lei Brasileira de Inclusão de Pessoa com Deficiência (LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, incorporou os princípios da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e ratificada pelo país em 2008. A LBI aborda itens como discriminação, atendimento prioritário, direito à reabilitação e acessibilidade. A Lei estabelece, também, que pessoas com deficiência têm autorização de saque do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para aquisição de próteses e órteses. 

    O preconceito e a inacessibilidade pública são responsáveis por dificultar a vida dos deficientes e, como pontos centrais, também precisam ser debatidos na data. A deficiência atinge diferentes níveis, que se enquadram nas seguintes categorias: física, auditiva, visual, mental e múltipla.

SERVIÇOS:

Mesa-redonda: “Unidos pela Inclusão – Um convite para a reflexão sobre o papel da sociedade!”
Onde: Auditório do Centro Cultural e Biblioteca Sílvio Nascimento - Praça Getúlio Vargas, 1229 - Centro / Santa Izabel do Pará;
Quando: 21/09/2022, às 16h30min. 


Presidente AFPTEA: Suellen Brito – 91 99215-7515
Instagran: gfaptea_sip

Assessoria: Elma Asobrab – 91 98891-4329

sábado, 10 de setembro de 2022

Morte da rainha Elizabeth II e 25 anos da morte da princesa Diana

Em homenagem à Princesa Diana

Mais um acontecimento na famosa realeza britânica aconteceu, no dia 08 de setembro, a rainha Elizabeth faleceu. Os holofotes do mundo estão sobre esta família há décadas. É como se ainda restasse um pouco dos contos de fadas nos tempos atuais. Rainha, príncipes e princesas, como um lindo  conto infantil. Que a maioria adora. 

Os casamentos então, nem se fala. Um príncipe e uma princesa se casando.É um sonho.

É o vestido, a maquiagem, os gestos, tanto a se falar. Mas sabemos que mesmo com todos esses aparatos de contos de fadas, a realidade da família Real nem sempre foi ou é um conto feliz.

Há uns anos assisti um documentário sobre a mãe dos príncipes. Sua história não teve nada de felizes para sempre. Pelo contrário está mais para infelizes para sempre. 

O documentário me deixou em choque. Chorei (Essa é nova). Eu nem sabia sobre esse casamento do seu filho caçula e já pensava em escrever sobre a princesa Feminista.

Mas aproveitando a deixa desse casamento quero deixar minha admiração pela mulher que gerou o príncipe Harry. Que mulher, que história.

Diana era uma diva, de fato. Já li e assisti várias matérias sobre sua vida, afinal, quem não sabia tudo sobre a pessoa que foi mais vigiada pela imprensa da história?

Todos devem pensar ao olhar nas fotos de Diana" Que mulher linda, umas das mais bonitas que existiu". De fato é o que todos diziam. É o que muitos ainda pensam. Diana não saia das capas de revistas. Sua aparência, seu jeito meigo, gentileza, e looks eram demais.

 Uma deusa, uma diva, um espetáculo. Seu corte de cabelo e roupas que vestia era tendência para mulheres. Quem não queria ser como a princesa Diana?

Sua chegada salvou a família Real dos protestos e de toda negatividade daquela época. Todos especulavam o casamento, o seu vestido e o grande casamento Real entre ela e o príncipe Charles. E foi um lindo casamento, como todos almejavam. 

Diana quebrou muitos protocolos. Isso é lindo e maravilhoso. Foi a primeira que tirou a palavra "obedecer" dos votos de casamento.  As atuais esposas dos príncipes seguiram a Lady Di.

A rainha e os demais da família sempre ficavam em certa distância das pessoas. E lá estava a princesa: se ajoelhando na altura de uma criança, olhando em seus olhos, pegando nas mãos das pessoas, fazendo carinho no rosto. Colocando seus filhos na escola(antes as crianças da família Real só estudavam em casa).


Ela foi nos hospitais, em asilos. Sentou do lado das pessoas. Quem fazia isso?  Em pouco tempo, Diana já era considerada a princesa do povo. E era. Ela tinha o social na sua na sua vida.

Ela se importava e mais do que isso, se importava de perto. Conhecia os problemas das pessoas de perto. Ela revolucionou por não ser a sombra do príncipe, Di brilhou.


Uma parte do documentário que chorei. E de fato foi um dos principais marcos de sua vida: foi sua luta pela pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS. Se hoje ainda há um preconceito e falta de informação sobre a doença imagine na época de 90.

E lá estava a princesa Diana no hospital na ala de AIDS, que era isolada. Deram uma luva para ela, se ela quisesse tocar na mão das pessoas. Ela não aceitou as luvas e tocou nas mãos das pessoas. Pause(Estou de novo emocionada). Respira. Respira. Respira.😭😭😭

Sim, minha gente, a princesa revolucionou de uma maneira incrível, espetacular! Era  um grande tabu caindo. E que tabu. Se aquela diva, a princesa, a mais linda, da realeza tocou em uma pessoa que vive com HIV é pq não é contagioso com o toque. Então, todo o mito  torno da doença foi sendo explicado.


Uma discussão e dúvidas foram esclarecidas. Ela estava lá, sempre discursando sobre a doença. Um viva à ela. Por isso, gerações e gerações serão eternamente gratas, até mesmo sem saber desse ato. 

Diana era tão inteligente. Ela usava todos os holofotes para discussões sociais. A Princesa do Povo. Todos aparentemente  amavam Diana. Aparentemente.


A linda princesa tinha admiração e amor de tantos. Devo dizer que do mundo. Mas seu casamento era um fracasso, um pesadelo. É a parte mais triste de sua vida. A que eu tenho um peso em falar. 

Lady Di era apaixonada pelo príncipe, o amava tanto. Mas ele se casou apaixonado por outra. Nunca amou Diana. Casou por ela ser virgem. 

Charles jamais poderia casar com quem já tinha mantido relação, como era no caso de Camila, sua paixão antes de Diana, sua amante e agora sua esposa.

Dói essa história. Um homem não se casar com a mulher que ama em pleno século xx e por vez arruinar a vida de uma outra mulher. Uma via de mão dupla. Mas sem dúvida, Diana foi a maior prejudicada.

Amar e não ser amada por seu próprio marido deve ser uma dor terrível. E viver uma farsa com todos os olhares do mudo para si, não foi nada fácil para doce Princesa de Gales. 

Em um livro publicado em 1992, ela contou sua humanidade. Afinal, era uma princesa, não pagava boleto e tinha o mundo aos seus pés, não há sombra de dúvidas que todos a viam como algo da literatura infantil, o conto de feliz para sempre.

Diana contou suas principais assombrações. Se abriu ao mundo. Quem ia imaginar que a considerada mulher mais linda do mundo tinha uma doença alimentar(Bulimia)?

Quem poderia imaginar que sua doença começou no noivado, quando o noivo disse que ela estava um pouco fofinha ao pegar na sua cintura? Quantas cobranças para apenas uma mulher.

Quem poderia imaginar que a princesa com tudo do bom e do melhor, na família mais visada do mundo tentou se matar cinco vezes? Que estava desesperada ao saber da amante do marido e seu desprezo por ela?

Quem poderia imaginar que a esposa do príncipe, mesmo dando filho homem ao seu marido teve depressão pós-parto? 

Na década de 90, a Lady quebrou o tabu de permanecer calada, em meio ao caos. É um marco uma mulher com tantas cobranças falar que também era humana. Falar de seus problemas de mulher.

 Mais do que nunca outras mulheres amaram mais Diana. Se solidarizaram com ela, por fim se sentiram como ela, ou melhor Diana mostrou que era como qualquer outra mulher.

Quem poderia imaginar um lindo conto de fadas teria um término  triste e trágico para ambos, mas principalmente para Di. Ela realmente sofreu calada por muito tempo. 

Mesmo sendo além do seu tempo, quebrando tabus, sem ficar atrás do marido, na sua sombra e fazer sua própria imagem, a lady sofreu por amor. Tentou salvar seu casamento, quanto a isso nada pôde fazer: nunca foi amada por seu príncipe. 

Podemos perceber ao ler sobre ela que Di foi desabrochando com o tempo, ganhando seu espaço. Ficando forte e destemida. Superou uma separação sofrida. Teve outras paixões. Não podemos dizer se amou novamente como amou o príncipe. Mas ela floresceu ainda mais após o divórcio.

Ela continuou com sua luta social. Atravessou campo minado e voltou quando os fotógrafos disseram que as fotos não ficaram boas. Sua humanidade e amor ao próximo deu força à linda princesa de Gales. Ela fez história.


Ficou na história também da imprensa negra. Daquela que não deixa respirar. Dizem que foi com Diana que começou o lixo de notícias de celebridades e a perseguição desenfreada por ele. Estava com seu namorado no carro quando foi perseguida por paparazzis. Os dois morreram no acidente.


A imprensa matou a princesa: eram o que todos diziam. Foi o que seu irmão disse em seu velório. De fato, não há como negar que a imprensa sufocava Diana. Ela era esperta, usava os holofotes para causas sociais e pra tocar em assuntos nunca tocados, mas mesmo assim teve sua vida interrompida tragicamente. 

Seria o fim do legado da Lady Di? Sem dúvida que não. Ela tem um legado encantador. Olha só para seus filhos. Continuam quebrando Tabus. Seguiram a sensibilidade da mãe. Abraçam, olham no olho, olham problemas sociais de perto. E parecem de fato amar suas esposas.

Pelo jeito a família Real aprendeu a lição. O príncipe William casou com uma plebéia e Harry com uma atriz, divorciada, americana com decência negra. Que que isso, minha gente? Estou sem fôlego. Di estaria cheia de orgulho por seu legado.😍😍😍

E esse casamento de Harry, gente? Que maravilha de casamento. O coral, a noiva, as ex, o ex. Quebras de protocolos que, de fato foram enraizados pela eterna princesa Diana. Pois ela era boa nisso. Em fazer o improvável.

“As pessoas acham que, no fim das contas um homem, é a única resposta. Na realidade, uma ocupação recompensadora é melhor para mim”, disse Diana para muitos que acreditavam que casar-se com um príncipe era o auge de sua vida. (Trecho de uma matéria do site Capricho).

É por isso que adoro a história, principalmente de mulheres como ela. Uma diva. Uma princesa que nos mostra que a vida real é um terror e que mesmo assim somos capazes de mudar o mundo, mesmo que seja o mundo de outros.

Texto: Michele Lobo
Fotos: Divulgação