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No Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, a Associação de Familiares da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (AFPTEA) realiza um debate sobre a inclusão e os direitos dos deficientes na sociedade, em alusão ao Setembro Verde, que é o mês de conscientização sobre a inclusão social.
Foto: Elma Asobrab |
O evento, que tem como tema: “Unidos pela Inclusão – Um convite para a reflexão sobre o papel da sociedade!”, acontece nesta quarta-feira, às 16h30min e tem o objetivo de ressaltar a importância da união e esforço em prol das mudanças sociais necessárias para uma sociedade mais justa e inclusiva, além de, fazer as pessoas refletirem sobre seu papel na sociedade, enquanto cidadãos.
O bate-papo conta a participação de vários ativistas e profissionais voltados para a causa, entre eles a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Santa Izabel – APAE/SIP, a neuropedagoga, Dra. Silvane Santos, além do biólogo Luan Gusmão, que é representante da comunidade surda e do pedagogo e ativista Thiago Costa, que representa a comunidade dos deficientes físicos.
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Uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) esteve presente durante todo o evento, para que os participantes surdo, pudessem ter o devido acesso ao debate. Ato que agradou o biólogo Luan Gusmão, representante da comunidade surda e debatedor da Mesa-Redonda. "Já fui convidado para participar de muitos eventos, mas, eles nunca se preocuparam em dar a devida assistência, disponibilizando um intérprete", afirmou o biólogo.
Como representante das pessoas com paralisia cerebral, o pedagogo e ativista Thiago Costa, falou da importância das pessoas com deficiências terem seus direitos garantidos. "Uma palavra que eu considero muito importante é GARANTIA, porque os direitos estão aí, eles existem, mas não temos eles garantidos, não nos dão o devido acesso a eles", afirmou emocionado o pedagogo.
Essa afirmação foi reforçada pelas pessoas presentes, que relataram várias situações em que foi negado aos seus filhos o direito garantido por lei as PcD. Uma das mães, desabafou de maneira muito emocionada, sobre a necessidade da sociedade entenderem, que as coisas acontecem no tempo do autista, e por não terem esse entendimento, não sabem como agir com sua filha.
Suellen Brito, Presidente da AFPTEA, afirmou que a Associação está pronta para acolher e dar suporte emocional à todas as famílias de autistas e falou sobre a impotância de um diagnóstico precoce. "Perceber que seu filho tem alguma particularidade, que é necessário fazer uma avaliação clínica cedo, é muito importante para que seu filho comece o tratamento cedo. E a aceitação, não negar essa particularidade que sua criança tem, é essencial para o processo de reabilitação", afirmou.
A Mesa-Redonda tem a seguinte composição:
Mediadora: Any Rodrigues – AFPTEA e mãe de criança com TEA;
Debatedores:
* Suellen Brito - presidente da AFPTEA;
* Ivana Gorete - presidente da Apae - SIP;
* Thiago Costa – pedagogo e ativista;
* Luan Gusmão – biólogo e representante da comunidade surda;
* Maria Jose Assunção - Secretária Municipal de Saúde (Sesma);
* Dra. Silvane Santos – neuropedagoga (Clínica Kató).
Sobre a AFTEA
A Associação de familiares da Pessoa com TEA foi criada em 10 de novembro de 2021, através de um grupo de WhatsApp de mães de autistas. O grupo foi criado com objetivo de mostrar a grande demanda existente no Município de Santa Izabel, e assim, reivindicar políticas públicas que garantam aos autistas cidadania e assistência. Atualmente, o grupo é composto por 80 famílias. Algumas com pessoas já diagnosticadas com TEA e outras, ainda em análise. A associação está fazendo levantando dados, através de cadastro, para que se tenha uma estatística do número de pessoas com TEA no município.
A associação visa alcançar um espaço onde os autistas possam ter assistência multidisciplinar (fonoaudiológica, terapia ocupacional e psicológica), e as famílias orientação e apoio, pois muitas mães não sabem lidar com o transtorno do espectro autista, outras famílias não aceitam o diagnóstico e ainda existem as que não buscam o diagnóstico, por causa da falta de orientação profissional.
Atualmente, a associação está em processo de legalização, mas, já tem uma diretoria com a seguinte composição:
Presidente: Suellen Suzanny Hughes Brito; Vice- presidente: Marília Borges; 1° secretária: Kenny Lameira; 2° secretária: Any Rodrigues; 1° tesoureira: Karlla Michelle Oliveira; 2° tesoureira: Marilena Begot; 1° fiscal: Maria de Nazaré Braga; 2° fiscal: Any Lays Rodrigues; 3° fiscal: Sandra Izabel da Costa.
Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência:
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído pela Lei nº 11.133/2005, pelo então presidente Luíz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. No entanto, as comemorações ocorrem desde 1982 e foram uma iniciativa do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes – MDPD, grupo que debate propostas de transformações sociais em prol dos portadores de deficiência há mais de 40 anos.
O 21 de setembro foi escolhido porque está próximo do início da primavera, estação conhecida pelo aparecimento das flores. Esse fenômeno representaria o nascimento e renovação da luta das pessoas com deficiência.
Segundo a Lei Nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim sendo, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir a integralização dessas pessoas na sociedade de maneira igualitária e sem preconceitos.
Os movimentos sociais de pessoas com deficiência, como tantos outros da sociedade civil brasileira, foram decorrentes do florescimento da participação social, e se baseavam nos laços de identidade e pertencimento, em busca do reconhecimento da sua cidadania.
A Lei Brasileira de Inclusão de Pessoa com Deficiência (LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, incorporou os princípios da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e ratificada pelo país em 2008. A LBI aborda itens como discriminação, atendimento prioritário, direito à reabilitação e acessibilidade. A Lei estabelece, também, que pessoas com deficiência têm autorização de saque do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para aquisição de próteses e órteses.
O preconceito e a inacessibilidade pública são responsáveis
por dificultar a vida dos deficientes e, como pontos centrais, também
precisam ser debatidos na data. A deficiência atinge diferentes níveis, que se enquadram nas seguintes categorias: física, auditiva, visual, mental e múltipla.
SERVIÇOS:
Mesa-redonda: “Unidos pela Inclusão – Um convite para a reflexão sobre o papel da sociedade!”
Onde: Auditório do Centro Cultural e Biblioteca Sílvio Nascimento - Praça Getúlio Vargas, 1229 - Centro / Santa Izabel do Pará;
Quando: 21/09/2022, às 16h30min.
Presidente AFPTEA: Suellen Brito – 91 99215-7515
Instagran: gfaptea_sip
Assessoria: Elma Asobrab – 91 98891-4329