quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Pará industrial de olho no futuro

O Pará está no ranking dos cinco estados que vai superar a crise em 2019. Dados da FIEPA apontam que até 2030, estão previstos 118 bilhões de reais em investimentos no estado.

"O Pará é um estado de muitas oportunidades", diz José Conrado Presidente da Fiepa. (Foto: Ascom Fiepa)

Desemprego, déficit nas contas públicas, cortes de gastos, preocupações e inseguranças. A crise econômica que iniciou por volta de 2014 ainda possui sequelas. A indústria brasileira vem sendo um dos setores mais atingidos por ela. Na contramão das crises (Internacional e em seguida nacional), o Pará tem se destacado e superado obstáculos.

Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), José Conrado Santos, a Insegurança jurídica, excesso de tributação e falta de investimentos em infraestrutura - especialmente em portos, estradas e ferrovias - são os principais fatores que engessam o desenvolvimento do Estado, não só do ponto de vista das empresas que já estão aqui, como também de novos investimentos.

“O Pará é um estado de muitas oportunidades, recebemos na Federação das Indústrias muitos empresários interessados em trazer seus negócios para cá, mas essas questões acabam afastando esse capital, que migra para outras regiões mais atrativas”, explicou o presidente.

Apesar dos bons resultados apresentados pelo Pará em sua economia, ainda é necessário que o Estado supere gargalos importantes que comprometem o desenvolvimento de todo seu potencial econômico. 


Desta maneira, o sistema FIEPA vem trabalhando em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) para elaborar planos estratégicos que possam alavancar a produtividade brasileira nos próximos anos. 

Veja na figura abaixo as principais estratégias:





O futuro é de investimento

Ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro, estanho, madeira, Castanha, Açaí. Com grandes riquezas e potencial para o desenvolvimento econômico, o Pará é um Estado rico em matéria prima e que tem atraído o olhar de investidores.

 Dados da FIEPA afirmam que até 2030, estão previstos 118 bilhões de reais em investimentos. Veja abaixo as principais regiões de investimentos:





Na contramão da crise, o Pará tem apresentado resultados positivos em sua economia, com aumento do volume de exportações, melhora no desempenho da produção industrial, do PIB e perspectivas desses novos investimentos.

O Sistema FIEPA observa com atenção a chegada dos investimentos ao Estado e apoia os projetos que vêm contribuir para a competitividade na região. 

Em 2016, o Pará foi o único Estado a registrar crescimento positivo na produção industrial. Em 2017, mais uma vez o Pará se destacou no ranking da produção industrial brasileira e novamente foi o primeiro lugar dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seguido de Santa Catarina e Paraná.

Segundo o presidente do Centro das indústrias do Pará e do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiepa, José Maria Mendonça, apesar do destaque e avanços os dados do estado do Pará ainda preocupam, como o do índice de pobreza e escolaridade. 

José Mendonça explica que esses assuntos então sendo colocados em pauta, pois apesar do destaque, o Pará precisa vencer muitos desafios.

                                   

Pará Segue em destaque


Final de mais um ano chegando, para alguns a insegurança e incertezas continuam após um longo percurso de crise econômica. 

Apesar das mudanças políticas no Brasil, cabe cada estado se ajustar e superar obstáculos. O comportamento de cada estado e a superação da crise é desigual no Brasil. 

 Segundo a FIEPA, para o Pará, as notícias são otimistas. Ele segue tendo um bom destaque e está no ranking como um dos estados menos atingidos pela crise com queda acumulada de apenas 1,2% no biênio 2015/2016.

Em 2017, o Estado do Pará foi um dos Estados que mais contribuiu para o superávit da balança comercial brasileira (US$ 66,98 bilhões), o maior da história do país nos últimos tempos.

Apesar de todo o crescimento apresentado da economia paraense, a crise que que já dura anos ainda está longe de ser estabilizada no pais.

Nesse cenário, o Pará lidera ranking de oito estados que devem superar a crise em 2019. Todos os estados que vão se recuperar mais rápido estão na região Norte e Centro-Oeste, “impulsionados principalmente pelo agronegócio e mineração, além da forte exposição ao mercado externo”, segundo a consultoria. Veja o gráfico:


outro destaque obtido pelo estado é cada ano que passa  melhora o seu desempenho nas exportações tanto de matéria prima como de produtos finalizados.

Para a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da FIEPA, Cassandra Lobato todos os setores sentiram a crise, mas o Pará é um estado forte, outros estados e países têm a necessidade de seus produtos. 

Segundo ela, o Pará deve se orgulhar de suas riquezas primárias, pois muitos queriam estar em sua posição. A  coordenadora do CIN também destaca que o Pará tem tido um bom equilíbrio entre importações e exportações

                           


Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e Centro Internacional de Negócios (CIN) do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), o Pará também é destaque na classificação por saldo no ranking nacional da Balança Comercial, atrás apenas de Minas Gerais. 

O saldo acumulado de janeiro a junho de 2018 entre importações e exportações no Pará chegou a US$ 6.540 bilhões, com um crescimento equivalente a 1,87% em comparação com o mesmo período de 2017.

Para José Conrado, o momento é de esperança. “Agora, o momento é de nos unirmos para que o Brasil e o Pará alcancem o que for necessário para destravar o desenvolvimento, não só do setor produtivo, mas de toda a sociedade”, conclui o presidente.

Veja mais no site da Fiepa:
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