Por: Daniele Maciel
A séria de reportagem mostra a indústria como fonte de inclusão social. Em reportagem especial, as histórias de superações de Pessoas com Deficiência junto à cooperação da indústria, por meio do seu núcleo de capacitação, Senai, mostra a importância da inclusão na sociedade. Outro exemplo é o deficiente visual, Mellyng Quemel, que após um curso de informática para cegos, do SENAI aprendeu a viver a partir dos outros sentidos.
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O mercado de trabalho é fundamental para inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD), não apenas para elas, mas também para empresas, instituições e sociedade no geral. A inclusão de profissionais no ambiente de trabalho cria oportunidades das empresas criarem novos negócios e possibilita mudança de vida para as PcD's.
O compromisso de capacitar pessoas para o mercado de trabalho, por acreditar no potencial de cada um é realizado há seis décadas. É através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que homens e mulheres, sendo eles pessoas com deficiências (PCD’s) ou não, encontram a possibilidade de ser protagonista da sua história, por meio dos mais de 240 cursos de formação profissional oferecidos pela entidade.
A séria de reportagem mostra a indústria como fonte de inclusão social. Em reportagem especial, as histórias de superações de Pessoas com Deficiência junto à cooperação da indústria, por meio do seu núcleo de capacitação, Senai, mostra a importância da inclusão na sociedade. Outro exemplo é o deficiente visual, Mellyng Quemel, que após um curso de informática para cegos, do SENAI aprendeu a viver a partir dos outros sentidos.
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O mercado de trabalho é fundamental para inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD), não apenas para elas, mas também para empresas, instituições e sociedade no geral. A inclusão de profissionais no ambiente de trabalho cria oportunidades das empresas criarem novos negócios e possibilita mudança de vida para as PcD's.
O compromisso de capacitar pessoas para o mercado de trabalho, por acreditar no potencial de cada um é realizado há seis décadas. É através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que homens e mulheres, sendo eles pessoas com deficiências (PCD’s) ou não, encontram a possibilidade de ser protagonista da sua história, por meio dos mais de 240 cursos de formação profissional oferecidos pela entidade.
A procura pelos cursos aumenta a cada ano. Em 2015,
o número de pessoas que se declaram com deficiência correspondeu a mais de 500
inscritos. Quantitativo cresce desde 2009, com a implantação do programa
SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) no Pará.
Ao longo desses oitos anos cerca de 2.600 pessoas com deficiência intelectual, visual, auditiva, física e múltipla, realizaram alguma
capacitação profissional. O programa foi criando para estimular as pessoas com
deficiência, contribuindo para que as empresas possam cumprir as cotas estabelecidas
na Lei Federal nº 8.213/91, chamadas “Lei de Cotas”, que determina a contratação de
funcionários e aprendizes com deficiência.
A aceitação dos cursos se dá pela parceria com
todas as entidades que trabalham com pessoas com deficiência firmada pelo SENAI
chamado de Grupo de Apoio Local. Entre os parceiros estão a Fundação
Pestalozzi, Abrigo Especial Calabriano e COEES. Os cursos de Informática para Cegos e o de Panificação, estão entre os mais procurados. Segundo a gestora de
Responsabilidade Socioambiental, Flora Barbosa, não há impedimento para
realização da capacitação. Cada um deve avaliar o seu potencial. “Só as pessoas
com deficiência vão saber o potencial delas, o que ela pode ou não pode fazer.
Não somos nós que vamos julgar isso. A gente só dá a abertura e facilita o
acesso, em todas as questões: metodológica, didática do material adequado, as
próprias máquinas e equipamentos, se for o caso a gente faz adequações”, disse.
Superação é a palavra de ordem na vida das pessoas com deficiência. Superam limites e preconceitos. Após participar do curso de Informática para cegos Melhym Quemel, deu um novo rumo a sua vida. A transformação teve início após o curso de informática iniciado em 2013, de lá pra cá muita coisa mudou, e para melhor. Para Flora Barbosa, superar é uma busca incessante das pessoas com deficiência. “As pessoas com deficiência têm essa necessidade de superar, de mostrar o tempo todo, seja pra conseguir um bom emprego, um bom cargo, uma boa posição. Elas têm que estar provando o tempo todo que podem. Já tem o hábito de superar”, destacou. Com alegria pontuou ainda a capacidade que eles têm de estimular os demais colegas de turma ditos normais.
Para informar as empresas da quantidade de pessoas
capacitadas e que podem ser absorvidas pelo mercado de trabalho, o SENAI
desenvolveu um projeto que oferece consultorias para as empresas. A consultoria
é uma via de mão dupla, cuja finalidade é atender tanto as empresas que necessitam de profissionais, quanto o direcionamento do profissional para o mercado de trabalho. O serviço prestado facilita o entendimento das empresas ao admitir
um funcionário, uma vez que muitas têm receio de comprometer o próprio
funcionário recém-admitido.
Com a realização dos cursos o empreendedor que estava
adormecido desperta e vira a página para começar uma nova história de vida. É
assim que se sentem as pessoas que são capacitadas pela entidade, com o desejo
de montar o seu próprio negócio, por exemplo, uma panificadora. Sonhos que devem ser
transformado em realidade por centenas de Joãos, de Marias, de Victores, de Raimundas, e tantos outros. De acordo com a gestora, todos independente da condição profissional podem apostar no ser empreendedor. “O empreendedorismo é
a bola de vez. Todos nós temos que ser”, destacou Flora Barbosa.