quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Síndrome de Down

Por: Daniele Maciel
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É no ventre materno que o amor entre mãe e filho é cultivado. O afeto incondicional alimentado durante os nove meses de gestação supera os enjoos, a transformação no corpo, os quilinhos a mais e a notícia de conceber um filho com síndrome de Down. Ver o filho crescer com saúde é o sonho de todas as mães, e não é diferente para as mães de filhos com síndrome de Down. O acompanhamento médico é de fundamental importância para proporcionar qualidade de vida para um Down.
Fonte: Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down

A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (Fbasd) aponta que para cada 700 crianças nascidas vivas, uma tem síndrome de Down. A síndrome é uma condição humana da não disjunção cromossômica do cromossomo 21, o que caracteriza a Trissomia 21. Dos recursos utilizados para o diagnóstico da síndrome estão os exames de risco fetal e o cariótipo, que demostram a probabilidade e a certeza da alteração cromossômica, respectivamente. Cardiopatia, hipotireoidismo, instabilidade na coluna, problemas oftalmológicos e otorrinolaringológicos são comuns em virtude da condição genética.

A pediatra e especialista em doenças genéticas, Isabel Neves, dos 33 anos de carreira, três décadas foram dedicadas aos cuidados das pessoas com Síndrome de Down. No início da carreira profissional a expectativa de vida para eles era de 33 anos. Segundo ela, o crescimento da sobrevida se deu pela melhoria da atenção. “No nosso país a gente tem observado que a sobrevida tem realmente aumentado, porque a atenção a essas pessoas melhorou. Uma das coisas que mais contribuíram pra essa redução da sobrevida da pessoa com Síndrome de Down era justamente, as cardiopatias congênitas. Como hoje a atenção as pessoas que nascem com uma cardiopatia que precisa de uma intervenção cirúrgica melhor, isso impactou na sobrevida aumentada”, disse.

A atenção médica para muitos inicia nos primeiro meses de vida. De acordo com a doutora, a maioria dos pais chegam no consultório ansioso, em busca de oferecer o que há de melhor para o filho com down. Há, ainda, pais que demoram a buscar o primeiro atendimento médico. “No primeiro momento choca, mas por outro lado eu acho muito legal. Foi o momento que essa família sentiu necessidade de vir e consegui chegar, e eu fico feliz. A gente acolhe da melhor maneira possível essa família”, ressaltou. O acompanhamento médico das pessoas com síndrome de down requer uma equipe multidisciplinar com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psiquiatras, entre outros especialistas.

Entre os desejos que a doutora teve a oportunidade testemunhar foram os de mulheres com o sonho de ser mãe de filhos com Síndrome de Down. Sonho que para umas não foi possível, mas outras têm a responsabilidade de exercer o papel de ser mãe de um filho com down. “Eu vejo hoje pais menos acomodados, pais saindo de casa para todos os ambientes sociais possíveis, então vão aos cinemas, as praças, aos parques, as lanchonetes, e isso contribui na vida da pessoa com a síndrome. As pessoas percebem que apesar da deficiência, apesar das limitações, elas merecem viver socialmente”, declarou. 



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