sábado, 15 de dezembro de 2018

Para sempre Dezembro

Matéria especial sobre solidariedade mostra a necessidade do mês de dezembro se estender para todo o ano.
Foto: Michele Lobo
Confraternizações, fraternidade; doações; comércio agitado; programações familiares, presentes, comidas, abraços, perdão. Em Belém, o friozinho tão esperado e as tradicionais chuvas do inverno amazônico. É dezembro: mês de comprar o guarda-chuva e aquecer o coração.
            
Tudo se ilumina neste mês: a cidade, com as luzes natalinas; a economia e os corações das pessoas que tiram um tempo para fazer o bem. Essa luz de dezembro muitos chamam "Magia do Natal". Muitos resolvem olhar para quem está ao seu lado e lembram que o amor é contagiante. 

A psicóloga Keyla Juventude relata que as pessoas se olham mais solidárias no natal. "As pessoas se olham e percebem que elas podem ajudar o outro pelo menos uma vez no ano. Vamos imaginar se nós não tivéssemos nem o natal para ajudar o outro?", ressalta. 

"Algo mágico acontece. Esse mágico entre aspas, que a gente não consegue palpar, sintetizar em evidências científicas, mas acredito que é a construção da gente enquanto um ser que deseja ser bom, que quer ser um ser voltado para o bem", continua.

O ano de 2018, ano de eleições, foi um ano difícil. Memes e depoimentos na internet ressaltam a dificuldade que seria no final de ano. De acordo com a psicóloga muitas famílias foram fragmentadas por questão política " hoje eu vejo alguns pacientes se perguntando de como vai ser o natal deles esse ano. De alguma forma, eles vão ter que fazer esse enfrentamento, resta saber se vai ser amistoso ou não", relata.

Segundo a psicóloga Keyla é comum que no final do ano as pessoas se pedirem desculpa. "Alguma coisa acontece que talvez esteja no mundo metafísico e que eu você não consiga explicar. Quantas pessoas não se perdoaram em dezembro?", indaga a psicóloga.

Outra questão que Keyla destaca é que quando as pessoas pensam no natal há uma concepção cristã à solidariedade, mas os que não são cristãos também pensam no bem. "Isso me intrigou bastante porque a gente pensa como algo religioso a questões de ser solidário", expôs.

"Ser solidário não é difícil. Começa com a gente. Quando respeitamos as nossas dificuldades. Começa no momento em que a gente respeita que ainda sente raiva, que a gente não consegue perdoar, que muitas vezes não conseguimos amar as pessoas da nossa família como a gente acharia que deveria amar. Isso também é ser solidário. Eu vejo que isso é muito importante porque no momento que a gente aprende a ser solidário com a gente, nós conseguimos cuidar do outro", concluí Keyla Juventude.

Há 29 anos Papai Noel dos Correios cria uma corrente do bem

Cadeira de rodas, cestas básicas, panetone, tratamento médico, boneca, carrinho. São algumas dos pedidos de crianças ao Papai Noel dos Correios. O projeto é a prova de que uma pequena ação pode um dia se tornar de grande proporção.

Foto: Daniele Maciel
Realizado em todo o Brasil, o Papai Noel dos Correios tem uma história emocionante de solidariedade.

A porta voz do projeto deste ano em Belém, Ana Leite que é voluntária há 18 anos do projeto relata que funcionários dos Correios há 29 anos perceberam que haviam crianças que enviavam cartas ao Polo Norte, porém sem endereço, pedindo presente ao bom velhinho. Comovidos, eles resolveram comprar os presentes e entregar a essas crianças. 

Quando os funcionários perceberam, já não davam conta dos pedidos e tornaram essa experiência em um grande projeto social. Hoje o projeto recebe centenas de cartas e alcançam o melhor do ser humano: o amor. 

O Pará recebeu esse ano aproximadamente 30 mil cartas. As cartas são recebidas das escolas públicas das periferias. "É uma experiência muito dignificante. Você está trabalhando com o amor do próximo, com o que o próximo tem de melhor para nos trazer, que é a caridade", relata Ana Leite.

Ana conta que possui muita histórias emocionantes nesses 18 anos. Uma das histórias que mais marcou foi de uma criança que escreveu ao papai Noel dizendo que a maior vontade dela era ter um colchão, que ela e mãe dormiam na rede e sentiam dores na coluna.
Foto: Michele Lobo
"Eu convidei outros amigos e nós compramos o colchão e a cama e eu fui junto com o colega vestido de papai Noel fazer a entrega. Quando a gente chegou lá estava chovendo e quando elas nos viram...Nossa, elas corriam na chuva, de tanta felicidade", relembra. 

"Muitas crianças aínda acreditam no papai Noel. Eu acho muito lindo isso, de preservar essa inocência. A gente não pode esquecer que o papai Noel é muito importante, mas não podemos esquecer do aniversariante que é Jesus. O papai Noel dar os presentes e quem recebe é ele. Então todos esses padrinho que estão dando aos pequeninos, com certeza estão presenteando Jesus", concluí.

Gestos de solidariedade que transformam vidas

“Quem ganha somos nós. Os mais beneficiados nesse projeto são os voluntários, porque quando a gente ganha um abraço, um aperto de mão de uma família que diz que, não tinham nada pra comer ou não tinha um presente para dar para o filho, é gratificante!”, disse Jailton Ferreira, fundador do projeto “Natal Solidário dos amigos do 41”, que pelo 9° ano distribui brinquedos e cestas básicas às famílias carentes que residem as proximidades do Conjunto Cidade Nova, em Ananindeua.

Foto: cedida pelo projeto
A iniciativa surgiu exatamente de um grupo de amigos que residem na WE 41, daí o nome do projeto que conta com 40 voluntários e objetiva, despertar na sociedade a conscientização de que pequenas ações podem fazer a diferença na vida das pessoas. É graças a solidariedade que a meta de arrecadação de alimentos e brinquedos foi alcançada. Este ano, cerca de 200 cestas básicas serão distribuídas, fruto do trabalho minucioso iniciado no mês de novembro, quando os voluntários foram de porta em porta, aos domingos, arrecadar alimentos não perecíveis.

Foto: cedida pelo projeto
Segundo Jailton Ferreira, as dificuldades existem todos os anos, mas a cada ano vem a sensação de dever cumprido. "São muitas dificuldades até mesmo dentro do projeto. Administrar um projeto desse, pelo nono ano, é muito difícil, mas a gente sempre coloca uma meta e graças a Deus tem beneficiado muitas famílias". A entrega ocorre às vésperas do Natal em clima de confraternização com direito distribuição de comidas e lanches. Para proporcionar este momento o projeto está precisando de materiais descartáveis como: pratos, colheres, copos e outros, os interessados podem entrar em contato: (91) 98098-5672. 
Amor  Incondicional

Foto: Michele Lobo
“Nossa dedicação é exclusiva porque a casa funciona 365 dias por ano, 24 horas por dias atendendo as idosas em caráter integral, com muito carinho e respeito, mas com muitas dificuldades financeiras”, disse Sílvia Cruz, presidente do Abrigo São Vicente de Paulo que existe há 81 anos, em Belém. O abrigo faz parte da Associação Internacional de Caridade (AIC), fundado há 401 anos por São Vicente de Paulo, que se mantém através de doações ao longo do ano. Atualmente, o abrigo feminino acolhe integralmente cerca de 30 idosas e conta com voluntários, além dos funcionários.

No mês de dezembro as doações se multiplicam, porém nos meses seguintes manter o abrigo é desafiador. "Nós ficamos agradecidos. Recebemos muitas doações no mês de dezembro, no mês de janeiro ainda tem, no mês de fevereiro começa a ficar escasso e em março nós já estamos arrancando os cabelos desesperadas, porque ninguém lembra mais", ressaltou a presidente do abrigo.

Foto: Michele Lobo
A solidariedade é transformadora, pois é uma troca de amor, carinho e respeito com o próximo. Segundo Sílvia Cruz, a solidariedade é: “Solidariedade é quando você se coloca no lugar do outro. Como você vai querer ser tratada no futuro? Com carinho, respeito e amor. A solidariedade passa pelo olhar da caridade, pelo olhar no amor; de você enxergar o outro com amor. Então, é isso que nós fazemos aqui. A solidariedade pode ser exercida de diversas maneiras tanto através das coisas matérias tanto de uma palavra. Somo vicentinas e temos a seguinte frase do fundador: 'Não sei que é mais carente, se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor'.

Os interessados em colaborar com o Abrigo São Vicente de Paulo, podem visitar o abrigo, localizado na Travessa Mauriti, 1061, entre Marquês e Visconde, bairro do Marco, das 9h às 11h e das 15h às 17h. Mais informações: (91) 3226-4984.

Saiba mais:https://www.facebook.com/Abrigo-S%C3%A3o-Vicente-de-Paulo-170651946437810/

Em unidade pelos venezuelanos 

Estender a mão ao próximo é um gesto nobre, mas mais ainda é estender a mão e presentear com um brinquedo as crianças venezuelanas da tribo indígena Warao, em situação de refúgio em Belém, em virtude da grave crise econômica que assola o país desde 2013. Pensando na triste realidade das crianças venezuelanas que se encontram em Belém desde 2017, os irmãos Fabíola de Cássia e Felipe Augusto Pereira, respectivamente, estudante e jornalista, se solidarizaram com a situação e iniciaram a campanha de arrecadação de brinquedos e produtos como: biscoito, suco, bolo, pãozinho e outros, para montagem de kits de lanche para serem distribuídos nos dias 21 e 22.

O objetivo é possibilitar que as crianças venezuelanas comemorem o Natal com mais alegria. A ação visa assegurar aos pequenos indígenas um pouco de felicidade perante as tantas adversidades sociais enfrentados. A escolha pelas crianças venezuelanas se deu pelo fato das mesmas estarem passando por inúmeras dificuldades, sem perspectiva de futuro. Os interessados em colaborar com brinquedos e com itens para montagem dos kits devem ligar para o contato: (91) 99136-2050. 


Natal Ecológico 

A união faz a força, assim os heróis vestem a camisa da solidariedade em prol dos mais necessitados e formam um verdadeiro exercito do bem. Por exemplo, os sócios da Associação Beneficente Casa da União Boa Esperança, que promovem pelo 11° ano o Natal Ecológico Solidário, que atende famílias do bairro da Guanabara em Ananindeua e Murinin em Benfica, respectivamente, 130 e 80 famílias, com doação de cestas básicas, roupas e brinquedos, além aprendizado sobre os cuidados com o meio ambiente, através da parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

Foto: Cedida pelo projeto

A associação sem fins lucrativos tem outros parceiros e objetiva prestar dentro do espírito de solidariedade humana e de suas possibilidades financeiras e matérias, assistência social, educacional, cultural, profissionalizante, de saúde e meio ambiente; tendo como público-alvo crianças, adolescentes, jovens e adultos, associados e pessoas da comunidade em geral, através dos demais projetos mantidos pela instituição. Segundo Jucicleide Santos, presidente da Associação, é difícil sensibilizar uma pessoa para beneficiar um desconhecido, mas o esforço é recompensador.

Saiba mais: https://www.facebook.com/casaboaesperanca/


Por: Daniele Maciel e Michele Lobo

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Pará industrial de olho no futuro

O Pará está no ranking dos cinco estados que vai superar a crise em 2019. Dados da FIEPA apontam que até 2030, estão previstos 118 bilhões de reais em investimentos no estado.

"O Pará é um estado de muitas oportunidades", diz José Conrado Presidente da Fiepa. (Foto: Ascom Fiepa)

Desemprego, déficit nas contas públicas, cortes de gastos, preocupações e inseguranças. A crise econômica que iniciou por volta de 2014 ainda possui sequelas. A indústria brasileira vem sendo um dos setores mais atingidos por ela. Na contramão das crises (Internacional e em seguida nacional), o Pará tem se destacado e superado obstáculos.

Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), José Conrado Santos, a Insegurança jurídica, excesso de tributação e falta de investimentos em infraestrutura - especialmente em portos, estradas e ferrovias - são os principais fatores que engessam o desenvolvimento do Estado, não só do ponto de vista das empresas que já estão aqui, como também de novos investimentos.

“O Pará é um estado de muitas oportunidades, recebemos na Federação das Indústrias muitos empresários interessados em trazer seus negócios para cá, mas essas questões acabam afastando esse capital, que migra para outras regiões mais atrativas”, explicou o presidente.

Apesar dos bons resultados apresentados pelo Pará em sua economia, ainda é necessário que o Estado supere gargalos importantes que comprometem o desenvolvimento de todo seu potencial econômico. 


Desta maneira, o sistema FIEPA vem trabalhando em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) para elaborar planos estratégicos que possam alavancar a produtividade brasileira nos próximos anos. 

Veja na figura abaixo as principais estratégias:





O futuro é de investimento

Ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro, estanho, madeira, Castanha, Açaí. Com grandes riquezas e potencial para o desenvolvimento econômico, o Pará é um Estado rico em matéria prima e que tem atraído o olhar de investidores.

 Dados da FIEPA afirmam que até 2030, estão previstos 118 bilhões de reais em investimentos. Veja abaixo as principais regiões de investimentos:





Na contramão da crise, o Pará tem apresentado resultados positivos em sua economia, com aumento do volume de exportações, melhora no desempenho da produção industrial, do PIB e perspectivas desses novos investimentos.

O Sistema FIEPA observa com atenção a chegada dos investimentos ao Estado e apoia os projetos que vêm contribuir para a competitividade na região. 

Em 2016, o Pará foi o único Estado a registrar crescimento positivo na produção industrial. Em 2017, mais uma vez o Pará se destacou no ranking da produção industrial brasileira e novamente foi o primeiro lugar dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seguido de Santa Catarina e Paraná.

Segundo o presidente do Centro das indústrias do Pará e do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiepa, José Maria Mendonça, apesar do destaque e avanços os dados do estado do Pará ainda preocupam, como o do índice de pobreza e escolaridade. 

José Mendonça explica que esses assuntos então sendo colocados em pauta, pois apesar do destaque, o Pará precisa vencer muitos desafios.

                                   

Pará Segue em destaque


Final de mais um ano chegando, para alguns a insegurança e incertezas continuam após um longo percurso de crise econômica. 

Apesar das mudanças políticas no Brasil, cabe cada estado se ajustar e superar obstáculos. O comportamento de cada estado e a superação da crise é desigual no Brasil. 

 Segundo a FIEPA, para o Pará, as notícias são otimistas. Ele segue tendo um bom destaque e está no ranking como um dos estados menos atingidos pela crise com queda acumulada de apenas 1,2% no biênio 2015/2016.

Em 2017, o Estado do Pará foi um dos Estados que mais contribuiu para o superávit da balança comercial brasileira (US$ 66,98 bilhões), o maior da história do país nos últimos tempos.

Apesar de todo o crescimento apresentado da economia paraense, a crise que que já dura anos ainda está longe de ser estabilizada no pais.

Nesse cenário, o Pará lidera ranking de oito estados que devem superar a crise em 2019. Todos os estados que vão se recuperar mais rápido estão na região Norte e Centro-Oeste, “impulsionados principalmente pelo agronegócio e mineração, além da forte exposição ao mercado externo”, segundo a consultoria. Veja o gráfico:


outro destaque obtido pelo estado é cada ano que passa  melhora o seu desempenho nas exportações tanto de matéria prima como de produtos finalizados.

Para a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da FIEPA, Cassandra Lobato todos os setores sentiram a crise, mas o Pará é um estado forte, outros estados e países têm a necessidade de seus produtos. 

Segundo ela, o Pará deve se orgulhar de suas riquezas primárias, pois muitos queriam estar em sua posição. A  coordenadora do CIN também destaca que o Pará tem tido um bom equilíbrio entre importações e exportações

                           


Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e Centro Internacional de Negócios (CIN) do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), o Pará também é destaque na classificação por saldo no ranking nacional da Balança Comercial, atrás apenas de Minas Gerais. 

O saldo acumulado de janeiro a junho de 2018 entre importações e exportações no Pará chegou a US$ 6.540 bilhões, com um crescimento equivalente a 1,87% em comparação com o mesmo período de 2017.

Para José Conrado, o momento é de esperança. “Agora, o momento é de nos unirmos para que o Brasil e o Pará alcancem o que for necessário para destravar o desenvolvimento, não só do setor produtivo, mas de toda a sociedade”, conclui o presidente.

Veja mais no site da Fiepa:
Pará lidera ranking de oito estados que devem superar a crise em 2019

Primeiro no ranking, Pará registra crescimento de 10,1% na produção industrial em 2017


Balança Comercial: o Pará contribuiu para o maior superávit comercial da história brasileira


Publicação aponta os principais investimentos em território paraense até 2030 


Primeiro no ranking, Pará registra crescimento de 10,1% na produção industrial em 2017



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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Reluz

"Entre as diversas formas de economia criativa, a produção da biojoia está conquistando outras fronteiras. Em reportagem especial, as fases da cadeia produtiva ficaram evidentes. O talento e conhecimento indispensável de artesãos, lapidários, ourives e designers puderam ser descobertos, sem eles, a Biojoia não seria um diferencial, nem de beleza e nem de qualidade, para o mercado de luxo."


A Amazônia deslumbra o mundo. Seus encantos, cores, formas, comida, música, arte ainda é um diferencial aos estrangeiros. Entre todos esses encantos, as joias paraenses vêm tomando um espaço significativo no mercado de luxo. Mais do que metais nobres, as joias carregam consigo a cultura da Amazônia. São peças produzidas com a combinação de elementos naturais, agregando-se, em diferentes proporções, metais nobres, pedras preciosas e semipreciosas.

O cuidado de cada um que faz parte da cadeia produtiva é de valorizar a cultura da região, reaproveitando da natureza o que seria descartado. A biojoia paraense também fortalece a mineração do estado, que é sua grande fornecedora. Fortalecimento com criatividade e toque especial da cultura da região norte vem destacando o Pará. Nos últimos anos empresários paraenses fazem exposições em vários países do mundo.

O programa Polo Joalheiro, criado desde 1998, criou novas expectativas no setor joalheiro do Pará, a partir das políticas públicas estaduais que injeta por ano mais de 3 milhões de reais, para fomentar o mercado. O setor é concentrado desde 2002, no espaço São José Liberto, antigo presídio, nele há a loja Universal que oferece um espaço tanto para trabalhar em projetos individuais, quanto para prestação de serviços de ourives, lapidários e outros.

A diretora executiva do Espaço São José Liberto e do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), Rosa Helena, destaca o compromisso que os profissionais que integram o programa Polo Joalheiro possuem pela a preservação da cultura amazônica paraense e da preservação da biodiversidade. “Antes de eles pensarem no consumo, ele divulgam a nossa cultura do nosso estado, eles são elementos que fazem essa difusão, outra ponto que destaco é a qualidade e dedicação de cada profissional, são talentosos, estão sempre se capacitando. Isso faz com o produto que eles elaboram são de qualidade”, orgulhou-se.

Para José Fernando Gomes Júnior, presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), a arte das joias do Pará e suas características da Amazônia é um motivo de orgulho. "Como paraense que sou o destaque das joias me enche de orgulho e aumenta a nossa obrigação com estado e com a população, para que cada vez mais a gente mostre essa arte da Amazônia. Lá em Tucumã se faz joias paraenses e a Jequiti do Silvio Santos compra para vender para todo o Brasil. Para mim é um motivo de muito orgulho, por compreender o setor, mas também como paraense que sou", orgulhou-se.

Segundo José Junior, a mineração, é o segundo elo da cadeia produtiva das joias. O primeiro elo é o da pesquisa, em que geólogos pesquisam e fazem descobertas minerais. A cada mil pesquisas uma pode se tornar uma mina, para que se possa tirar produto, ouro, níquel, ouro e ferro.

“Hoje, o Pará tem um planejamento estratégico até 2030 e as empresas devem cumprir um protocolo intenso do Estado do Pará, que devem disponibilizar um porcentual da sua produção para os artesãos para incentivar cada vez mais produzir as joias e biojoias do Polo Joalheiro e outros empreendimentos do estado”, comemorou o presidente da Simineral.

As joias paraenses também contam com apoio de programa de Internacionalização de Pequenas e Microempresas do Sebrae, em parceria com o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiepa, a unidade de atendimento no Pará da Apex-Brasil e o Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM).




Para participar do Programa, qualquer profissional deve fazer um cadastro junto ao Polo Joalheiro. E partir daí profissionais do setor começam a ter acesso a todos os benefícios do programa, entre cursos, espaço, exposições, feiras. Porém o programa exige desses profissionais que a produção seja local, agregando o artesanal-industrial e que usem um design inspirado na cultura da Amazônia.

O espaço oferece oportunidades tanto para trabalhar em projetos individuais quanto para prestação de serviços de ourives, lapidários e outros, e por fim para a comercialização. São 44 profissionais que usam o espaço.


Cada profissional tem um contrato de consignação com o Igama. No caso das joias vendidas, 25% ficam com o Igama e do artesanato, 30%. O dinheiro que fica com o Igama acaba voltando pra os profissionais, na forma de manutenção do espaço e para trazer novos cursos. Anualmente o programa atende em média 1200 pessoas com o objetivo de que esses novos empreendedores se tornem empresários do setor.



Veja histórias de alguns profissionais da cadeia produtiva