No total, mais de 90 artistas inscreveram suas canções até o prazo final para quem queria participar do evento, que era 11 de março. Uma curadoria formada por músicos e produtores de dentro e de fora do estado escolheu os 30 classificados nessa primeira fase.
Pelo regulamento original, dos 15 semifinalistas, cinco irão à final, que premiará os três primeiros colocados com valores em dinheiro que somam R$ 3 mil reais. Originalmente, os cinco finalistas deveriam participar de uma live ao vivo, mas devido ao lockdown em Belém, os organizadores estão planejando uma forma de executar a final sem por em risco os concorrentes e a produção.
“Nossa ideia é preservar as pessoas e preservar também a música, que é uma arte tão fundamental para a nossa sanidade mental nesse momento tão difícil pelo qual estamos passando”, explica a produtora Taisse Naiade. A organização abriu uma enquete para definir se vai cancelar a semifinal, que seria feita com gravações ao vivo presencialmente, e solicitar que os semifinalistas enviem seus próprios vídeos ao vivo. Ou transformar todos os semifinalistas em “finalistas”.
“A outra opção é transformar todos os semifinalistas, automaticamente, em finalistas. E realizar essas gravações com todos os cuidados após o período de lockdown. Só não podemos extrapolar o cronograma da Lei Aldir Blanc”, complementa o músico e produtor Nicobates, idealizador e um dos responsáveis pela produção.
Diversidade - Na primeira fase foram selecionados diversos gêneros e tipos de artistas, como o pop contemporâneo de Bah, Azuliteral e Cazimi; ou o rap dos irmãos Fartura Muk e Fartura Flame, 2 KP e Nego Vinni; ou ainda o regional psicodélico de Jambu Cósmico, Palito e Conjunto Caruana; o rock das bandas Cout, Baby Loyds e Confronto Interior, ou a música gospel de Igor, o pop rock de Olavo Mendes ou o arrocha sertanejo autoral de Brenda Believe e Linnda Lizz. E tem mais o regional latino de Jorginho Gomes e o samba do Pagode da Comunidade, entre outros.
O objetivo do Festival Outros Nativos é incentivar a produção de jovens artistas e compositores até 45 anos da cena independente paraense. Para isso, o FON 2021, que também é um projeto sociocultural atuante no bairro da Sacramenta e arredores, desenvolve parcerias com empreendedores como os empresários Ná Figueredo, da gravadora Na Music, e Moizés Freire, dono da loja ProMusic Belém. Ambos vão completar os prêmios em dinheiro oferecidos pela produção com oportunidades e instrumentos musicais.
Início - Surgido em 2019, o primeiro Festival Outros Nativos movimentou os bairros da Sacramenta e Pedreira, em Belém, com oficinas, cursos e muita música nas praças. A mobilização criou um coletivo e uma associação oficialmente constituída que tem como objetivo dar apoio aos artistas da periferia em projetos e gestão de carreira e direitos autorais.
Em sua segunda edição, o festival tem patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult-PA) por meio do financiamento da Lei Aldir Blanc.
SERVIÇO: Lista de Selecionados e Votação Online De domingo, 21, a terça, 23 No site: www.outrosnativos.com.br Siga nas Sedes Sociais: Instagram/Outrosnativos Facebook.com/OutrosNativos Youtube.com/OutrosNativos iNFORMAÇÕES: (91) 98191 8909 / 98168 7474
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